Notícias | 19 de agosto de 2004 | Fonte: Revista ISTOÉ Dinheiro

Metlife segura Brasília

Associada à imagem do cachorrinho Snoopy, a MetLife é a maior e mais tradicional seguradora dos Estados Unidos. Tem 137 anos, 40 milhões de clientes e US$ 2,3 trilhões protegidos. Na terça-feira 10, essa gigante lançou uma nova aposta na direção do Brasil, a Divisão Governo – e com isso está movimentando Brasília. A idéia é vender seguros de vida, previdência e saúde para funcionários públicos, via desconto em folha de pagamentos. Há 4 milhões de servidores e somente um décimo deles tem esses seguros. A empresa está investindo R$ 3 milhões e abrindo 12 filiais no País só para esse nicho. “O Brasil é a nossa nova prioridade”, diz o presidente internacional da MetLife, Bill Toppeta. Antes de oficializar o plano, Toppeta conversou com o ministro Antônio Palocci, da Fazenda. “Já comecei a olhar o setor com mais carinho”, disse Palocci. “Estão vindo várias novidades que irão incrementar muito o mercado.” O que poucos sabem é que a MetLife chega a Brasília não apenas com Snoopy ao seu lado, mas pelas mãos do corretor Henrique Brandão, fenômeno de sucesso desde que o governo do PT começou.

Brandão é dono da Assurrê, cujos negócios cresceram 25% em 2003 e devem avançar mais 30% este ano. “Serei o maior do Brasil”, promete. Foi Brandão quem acertou a conversa entre Palocci e Toppeta. Estava junto. Sua especialidade é o setor público. Ele já tem 30 contas do nicho dos servidores, incluindo a dos funcionários da Eletrobrás e do BNDES. Agora, ajudou a montar a Divisão Governo da MetLife. Brandão tem um cacife caro e raro no mercado – os Códigos de Desconto, que permitem debitar apólices no salário dos servidores. Pela lei, só as associações de classe têm direito aos códigos. Brandão criou sua própria associação. A MetLife usará o código dele. “Sou um cara que aproveita as oportunidades que a vida me dá”, festeja.

Da turma de Palocci, o corretor se entende bem com René Garcia, presidente da Superintendência de Seguros Privados, Susep. Brandão tem no presidente do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), Lídio Duarte, um velho conhecido. Dono do monopólio dos resseguros internacionais do País, o IRB está dividindo este ano US$ 450 milhões de apólices entre 23 corretoras credenciadas. A comissão delas vai chegar a US$ 30 milhões. Brandão começou nesse nicho há um ano. Desde então, ganhou, por exemplo, 10% do seguro de todas as embarcações e 20% das companhias aéreas. Agora junto da MetLife, ele promete voar ainda mais alto.

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