Notícias | 22 de agosto de 2008 | Fonte: Gazeta Mercantil | Finanças & Mercados | SP

MetLife comemora alta de 78% no lucro do semestre

Os executivos da MetLife, subsidiária brasileira da maior seguradora de vida dos Estados Unidos, comemoram o crescimento de 78% no lucro líquido do primeiro semestre, para R$ 21,7 milhões. Em 2007, foi o primeiro ano em que a companhia fechou no azul desde que aportou no País em 1999. “Estamos com muitas novidades neste ano e isso tem nos trazido bons resultados”, diz José Roberto Loureiro, presidente da MetLife.

A rentabilidade sobre o patrimônio subiu de 15% para 21%, o que estimula ainda mais o apoio da matriz, que já havia definido como estratégia crescer fortemente nas operações internacionais mesmo antes da crise financeira nos Estados Unidos. Tanto que a subsidiária brasileira recebeu aporte de R$ 40 milhões no início do ano e também para a aquisição da Odonto A, que marcou a estréia do grupo em seguro odontológico, anunciada em julho.

O patrimônio líquido da MetLife saltou de R$ 166 milhões para R$ 217 milhões considerando-se o aporte e a retenção do lucro de 2007. “O aporte da matriz possibilitou o enquadramento total da companhia às exigências de capital às regras de solvência”, diz Hélio Kinoshita, diretor executivo financeiro.

Reduzir a sinistralidade da carteira de vida, que chegou a 73% em 2006 em razão das perdas com o consignado, para 44% é um ponto importante para poder manter a melhora no resultado. “Cortar custos administrativas, de 20% para 16%, mesmo com crescimento no volume de arrecadação de prêmios, também contribuiu”, acrescenta Kinoshita.

O faturamento em prêmios de seguro de vida evoluiu 12%, para R$ 256 milhões. Em previdência, a captação cresceu 30%, para R$ 57 milhões no semestre, e as reservas chegaram a R$ 400 milhões, alta de 67%. Os fundos multipatrocinados cresceram em ritmo forte, com R$ 242 milhões em captação, com as reservas batendo em R$ 2,8 bilhões.

A carteira de seguro de vida em grupo registrou alta de 22%, principalmente impulsionada pelo seguro atrelado ao crédito. Já as apólices individuais ficaram estáveis. “Pretendemos atuar com mais força para o seguro individual vendido por meio de corretores”, diz Loureiro.

No primeiro semestre deste ano, a MetLife lançou algumas iniciativas que deverão trazer impactos positivos para o balanço final deste ano. O grupo fez parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com mais de 30 mil empresas associadas. O objetivo deste tipo de seguro é garantir, total ou parcialmente, o pagamento de um financiamento imobiliário às empresas associadas à CBIC, caso a pessoa ou empresa que têm prestações para pagar sofra um dos eventos previstos nas condições contratadas.

A aquisição da Odonto A, que ainda aguarda a aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), contribui para a saúde financeira da seguradora por ser um segmento em franca expansão – 20% ao ano – e muito rentável. “Temos 3 milhões de clientes empresariais em vida que são potenciais compradores para o dental”, diz. Segundo ele, a procura pelo produto tem sido grande por parte dos corretores. “Mas temos de aguardar a aprovação da compra pela Susep. Enquanto isso, estamos direcionando a demanda para os executivos da Odonto A.”

Outro lançamento do semestre foi o plano de previdência para crianças em parceria com o Citibank. Além dos produtos e serviços, a MetLife está investindo na expansão geográfica. A seguradora tem hoje 21 filiais e outras quatro serão abertas até o fim do ano. Também serão inaugurados escritórios chamados de “posto avançado de distribuição” em cidades menores, ligados às filiais, para dar apoio aos corretores.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Denise Bueno)

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