Executivos de grandes seguradoras, inclusive das sucursais de conglomerados estrangeiros, admitem que em países com a dimensão territorial do Brasil fica difícil operar com taxas ajustadas para cada caso. Quando o risco está localizado em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, a maioria das empresas do setor somente faz vistoria, mesmo no caso de plantas industrias complexas, se a relação entre custos e benefícios desse contrato for favorável.
Há situações em que o risco é negado, mesmo com a indústria tendo investido firme em equipamentos e tecnologias, somente porque pertence a um segmento com histórico de alta sinistralidade.
O problema é que não há solução a curto prazo para um outro problema: a falta de pessoal especializado. A maioria das empresas está terceirizando esse serviço e, em geral, a qualificação dos profissionais contratados não dá segurança para a companhia assumir riscos mais vultosos. Nesses casos, ou prevalece o bom relacionamento entre seguradora e corretores/clientes e o seguro é contratado sem problemas, ou o risco simplesmente é negado.
Jorge Clapp
Mercado enfrenta problemas na seleção de riscos
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