O CQCS Inovação – Roda de Conversa desembarcou em Salvador (BA) nesta quarta-feira, 11 de junho. Com mediação de Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS, e Josimar Antunes, presidente do Sincor-BA, o encontro contou com a participação de Solon Barretto, vice-presidente CCO & CX da Alba Seguradora, e Carlos Magalhães, fundador da assessoria Repgen, que aprofundaram o debate sobre o tema “Mudanças Climáticas: O que o mercado de seguros aprendeu com as tragédias recentes e como se preparar para os riscos futuros?”, trazendo reflexões valiosas e lições fundamentais para os desafios que ainda estão por vir.
A realização do encontro na região baiana — berço e casa do CQCS —, segundo o diretor executivo Pedro London, reforçou a importância de descentralizar as discussões sobre inovação no setor de seguros, levando o debate para além dos grandes centros. “Nosso objetivo é fomentar e incentivar, para que todo o nosso mercado brasileiro pense em novos produtos e soluções para os próximos anos”, afirmou.
O Roda de Conversa tem como objetivo reunir seguradoras, resseguradoras, corretores estratégicos, empresas de tecnologia e consultorias para debater caminhos que ampliem o acesso ao seguro e fortaleçam sua presença no Brasil. O encontro antecipa o tema central do CQCS Insurtech & Inovação 2025, que acontece nos dias 11 e 12 de novembro, em São Paulo: “O novo mercado de seguros – como proteger mais e melhor uma sociedade em tempos de mudanças constantes?”.
De acordo com o vice-presidente CCO & CX da Alba Seguradora, é, sim, necessário estar atento ao novo mercado de seguros, mas, para além disso, é fundamental saber utilizar as ferramentas que já existem para ajudar a sociedade a entender que não se compra o cadeado depois que o portão foi arrombado — uma referência clara ao comportamento recorrente de buscar proteção apenas após a ocorrência de um evento catastrófico. “Antes de pensar no novo, temos que aprender a vender o que já existe”, reforçou Barreto.
“O que podemos fazer é ajudar a indústria a pensar e olhar, com mais atenção e senso de urgência, para o que vem pela frente”, destacou o fundador do CQCS. Para ele, é fundamental aprender com os eventos climáticos que têm ocorrido — a exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul. Os impactos dessas tragédias evidenciam a urgência de ampliar a penetração do seguro no país e de preparar o setor para responder com agilidade e eficácia aos riscos que se intensificam.
Na mesma linha, compartilhando do mesmo pensamento de Barretto, o presidente do Sincor-BA deixou um alerta aos corretores: “Devemos aproveitar essa oportunidade, porque essa proteção já existe. Falta-nos falar sobre ela e oferecer, para que possamos construir uma sociedade melhor e uma indústria ainda mais movimentada”, afirmou.
Já o fundador da assessoria Repgen lembrou que o mercado de seguros, na verdade, é o mercado de crédito, destacando ainda que uma apólice funciona como uma verdadeira carta de crédito para quem a recebe. Para ele, a baixa penetração do seguro no Brasil limita não só as coberturas, mas o acesso ao crédito e à reconstrução após desastres. “Quanto mais gente comprar, mais crédito a gente vai ter, mais solvência o mercado ganha — e o seguro se torna mais acessível para todos”, enfatizou Magalhães.
Confira as fotos do encontro:
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