Notícias | 28 de janeiro de 2022 | Fonte: Revista Apólice

Mercado continua movimento de adaptação às regras do SRO

Executivo da CERC, uma das registradoras homologadas pela Susep, comenta sobre como está esse processo de adaptação ao Sistema e quais são seus pontos positivos

Visando promover a modernização tecnológica e transparência no mercado segurador, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) determinou em 2020 o início do Sistema de Registro de Operações (SRO) , para que todas as apólices de seguros constem em registradoras homologadas e credenciadas pela entidade. Este processo faz parte de uma agenda proposta pela autarquia, que culminou no Open Insurance, e entrará em vigor em 2023.

Apesar de estarmos no início de 2022, as seguradoras e resseguradoras continuam se movimentando para se adequarem à nova medida há algum tempo. A CERC é uma das registradoras homologadas pela entidade e, desde 2020, já opera o SRO e cria soluções de otimização de portfólios para ajudar as empresas a cumprirem essa normativa e terem maior eficiência em suas carteiras. “A medida, que é apenas o primeiro passo para uma série de mudanças interessantes que virão pelo caminho, é muito positiva para o mercado, pois proporciona maior agilidade na transferência de informações, mais transparência e melhor controle dos riscos entre todos os envolvidos da cadeia do mercado de seguros”, diz Marcelo Maziero, sócio-fundador e presidente do Conselho da registradora.

O processo de implementação está na metade e até o fim desse ano todos os ramos de seguros estarão abarcados no SRO, o que significa que todas as apólices de seguros e seus dados estarão registradas no Sistema de maneira detalhada para a Susep. Uma das principais mudanças para o setor será a possibilidade de criar novas ferramentas para o mercado de seguros na gestão de riscos e antifraudes, além de proporcionar mais agilidade na transferência de informações e de controle uniforme das apólices.

“As seguradoras têm dedicado recursos humanos para a implementação inicial do SRO e têm sido muito participativas na entrada em vigor dos novos ramos do Sistema. A obrigatoriedade envolve não apenas as apólices novas, mas todo o legado de apólices e movimentos, incluindo certificados, bilhetes, endossos e averbações e outros”, afirma Maziero

Segundo o executivo, ao final do processo os ganhos serão evidentes para todas as pontas da cadeia, inclusive para as seguradoras e resseguradoras, que terão mais agilidade e eficiência no envio de relatórios e informações para a Susep, apuração de riscos inerentes à operação segmentados de acordo com as principais características dos objetos segurados e das coberturas contratadas, apuração dos fluxos financeiros das operações, identificação das partes envolvidas e das características dos eventos e transações registrados. “As informações serão disponibilizadas pelas registradoras para criar a base de informações do Open Insurance, atendendo aos rígidos protocolos de segurança e governança, de acordo com a LGPD”, ressalta.

Maziero diz que as seguradoras têm sido receptivas à transformação e já estão engajadas com as inovações e tecnologia do SRO. Embora inicialmente houvesse dúvidas sobre como cumprir com o SRO e sobre seus benefícios, o contato ativo da equipe dedicada a seguros com os clientes tem sido importante nos processos de testes, novas cargas e identificação de oportunidades. “Agora conseguimos enxergar as seguradoras percebendo o valor agregado que o SRO vai gerar quando o cronograma estiver completo. Contar com os serviços de uma infraestrutura de mercado para seguros completa, que a partir do registro obrigatório possibilitará que outras soluções sejam integradas ao portfólio para trazer novas oportunidades de negócio, será fundamental”.

O executivo acredita que o Sistema irá abrir oportunidades para ter uma ampliação dos canais de seguros e resseguros e outros participantes do ecossistema, como corretores e insurtechs. Além disso, o mapeamento de dados das registradoras irá ajudar a monitorar e medir as possibilidades de risco por ramos (como residencial, vida, rural, automobilístico, entre outros), e, dentro de cada ramo de seguros, é possível medir os riscos por região geográfica de cada área coberta pelas companhias.

“Para todo o mercado haverá maior segurança, informação de qualidade e assertividade no controle de risco e gestão de garantias para aumentar a proteção tanto para as empresas como para a sociedade de modo geral, pois os consumidores finais poderão escolher mais sabiamente as seguradoras com menor exposição de riscos, apesar dos recursos dirigidos pelas seguradoras para o atendimento ao SRO”, finaliza Maziero.

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