Mapfre, Real Tokio Marine e Prudential divulgaram balanços com lucro e prêmios mais altos.
A Mapfre, a sexta maior seguradora do país, anuncia hoje crescimento de 74% no lucro líquido, para R$ 155 milhões. Os prêmios ganhos somaram R$ 3 bilhões, alta de 19%. Os ativos totais bateram em R$ 4,6 bilhões, com aumento 36%. O brasil já representa 10% do resultado mundial do grupo.
Em um ano de forte concorrência no mercado de automóveis, a Mapfre foi na contramão do setor e cresceu 8%. Antonio Cássio dos Santos, presidente da seguradora, destaca que o crescimento se deu graças à estratégia de operar nacionalmente. A seguradora conseguiu compensar a queda dos preços no Rio e São Paulo com maior atuação em outros Estados.
Nas outras carteiras que opera, houve expansão de 40% na de garantia estendida e crédito interno. A de previdência aumentou 41% e a vida, 22%. O índice combinado (que mede a eficiência operacional) caiu abaixo de 100%. Baixou de 100,2%, nível que indica perdas operacionais, para 99,1%. O índice de sinistralidade baixou dois pontos, para 51,9%. O retorno operacional foi de 19,3%.
Nem tudo, porém, foi bom para a Mapfre em 2007. Além da guerra de preços nos autos, Cássio destaca três grandes sinistros. Sem citar nomes, ele menciona três ocorrências em empresas multinacionais, com apólices que cobrem incêndio, cada uma com sinistros acima de R$ 60 milhões. Na região Sul, por conta dos fortes vendavais, ele conta que também ocorreu aumento expressivo dos sinistros.
Já a Real Tokio Marine Vida e Previdência encerrou o ano de 2007 com lucro líquido de R$ 79,8 milhões, alta de 63,4%. O to total de prêmios e contribuições no período chegou a R$ 1,38 bilhão, aumento de 28,8%. O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 49,1%.
Segundo Edson Franco, diretor-presidente da Tokio, o destaque foi o crescimento das vendas de seguros de vida, especialmente a apólices ligadas ao financiamento bancário (seguro prestamista). “Esta-mos surfando na onda da expansão do crédito no pais”, afirma.
” Os prêmios de seguros” de vida subiram 43,5%, para R$ 181 milhões. Segundo Franco, o segmento representou 62% do resultado. Em previdência, as. reservas avançaram 29,3%, com o aumento da migração para planos de renda variável. “Quase 70% da captação liquida foi em planos-com algum componente de renda variável”.
A seguradora americana Prudential, focada em vida, conseguiu reverter prejuízo de R$ 1,8 milhão na unidade brasileira em 2006 e apresentou lucro de R$ 1,1 milhão em 2007. Os prêmios somaram R$ 122 milhões, expansão de 20%.
A importância segurada pela Prudential bateu émR$11 bilhões, alta de 257% em cinco anos. A se
guradora completou em 2007 cinco anos de operação como empresa independente. Antes, operava em conjunto Com O Bradesco. Neste período, cresceu 30% ao ano.
Bill Yates, presidente da Prudential, conta que três fatores foram cruciais para a reversão das perdas. O primeiro foi a baixa sinistralidade, que ficou em 10%, pelo fato de a seguradora ainda ser muito jovem. O segundo foi o crescimento dos prêmios (20%) acima’ do aumento das despesas (14%). Por fim, a em-presa conseguiu bons retornos com aplicações de suas reservas no mercado financeiro, principal-mente nos títulos em IGP-M.
O executivo, porém, prefere os números no padrão contábil americano (US-GAAP). Nele, a Prudential tem lucro de R$ 7,4 milhões em 2007. Por causa das questões contábeis, custos com treinamento de corretores para a venda das apólices e dos exames médicos prévios para determinação das condições do seguro têm tratamento diferente nos dois padrõe’s contábeis.