No dia 25/05 aconteceu o segundo dia do “Sou Segura Summit 2025”, o maior encontro de lideranças femininas do mundo corporativo, que foi realizado em São Paulo. Na ocasião lideranças do setor, participaram do painel “Assédio Moral: Reconhecer, Enfrentar e Prevenir”, que propõe uma discussão franca sobre os desafios e caminhos para combater o assédio no ambiente de trabalho.
Com a presença de Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS, na ocasião, após se classificar como um “machista em desconstrução”, ele conclamou as mulheres a denunciarem qualquer prática de assédio. “Não se cale! Denuncie! Se for preciso, procure o CQCS para fazer sua denúncia”, frisou Gustavo Doria Filho, que é integrante do IV Comitê Juntos Por Elas, iniciativa que reúne lideranças masculinas em apoio à equidade de gênero no mundo corporativo.
O fundador do CQCS acentuou ainda que o mercado de seguros é um setor “moderno e avançado” e vai bem nessa questão de combate ao assédio, embora ainda possa melhorar. “O mercado se esforça muito, mas é difícil tratar disso”, pontuou.
Além de Gustavo Doria Filho, participaram do debate o CEO da Sompo Seguros, Alfredo Lalia Neto (que também é conselheiro do IV Comitê Juntos Por Elas); o diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Alexandre Leal; o presidente da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), Rogério Vergara; e o diretor Executivo da Marsh, Paul Conolly.
As moderadoras foram as diretoras da Sou Segura, Simone Ramos e Camila Maximo.
No bate-papo, Alfredo Lalia destacou a importância de se criar, nas empresas, um ambiente de confiança para que qualquer pessoa que se sinta ameaçada se sinta segura para fazer a denúncia. “Na Sompo, se o alvo da denúncia for alguma liderança, a gente procura ajuda externa. Aliás, o ideal é sempre procurar a ajuda de um especialista nessa questão”, pontuou.
Por sua vez, Alexandre Leal disse que é preciso dar uma “resposta clara” para todos os envolvidos. “A ação deve ser sempre transparente. Mesmo uma pequena atitude precisa ser denunciada., porque esse é um processo evolutivo”, recomendou.
Já Rogério Vergara ressaltou que é preciso haver uma política que impeça a possibilidade de o oprimido ser atingido. “Talvez, seja mesmo importante que ele seja acolhido e ouvido por um profissional que não tem relação com a empresa”, sugeriu.
Por fim, Paul Conolly afirmou que o indivíduo precisa conhecer a empresa e entender o ambiente onde está entrando. Ele defendeu ainda que a diversidade deve ser vista como fato primordial para o próprio crescimento da empresa. “A companhia fica mais forte com a diversidade, que traz uma visão mais completa”, argumentou.