Depois dos caminhões chegou a vez dos comerciais leves colocarem as faixas refletivas. Há um projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados, de autoria do peemedebista paranaense Max Rosemann, que quer a obrigatoriedade destas faixas em todos os veículos. A lei ainda não foi aprovada, mas a Comissão Técnica de Segurança Veicular da AEA acha que é positiva esta atitude, mas lembra que é preciso haver uma discussão ampla sobre o assunto.
A obrigatoriedade destas faixas poderia causar reflexo imediato no preço dos carros, mas a comissão defende que seria bom a utilização destas faixas em comerciais leves, reboques, picapes acima de uma tonelada, vans e furgões. No entanto, considera essencial uma discussão separada para verificar a obrigatoriedade para o uso dessa peça em automóveis e picapes de pequeno porte.
Para a Associação, a utilização das faixas refletivas em veículos de grande porte é importante e eficaz, conforme os números de estudos do governo estadunidense, que comprovam a redução de colisões nos EUA, onde o uso da faixa refletiva em transportes rodoviários pesados é obrigatório há seis anos.
O problema é a obrigatoriedade em automóveis. O presidente da AEA, Marco Antônio Saltini, faz um alerta sobre a fabricação dos automóveis, caso a lei seja aprovada:
`As novas regras teriam que ser acomodadas ao designer dos carros fabricados no Brasil, mas não sabemos como os consumidores de outros países reagiriam. É possível que as montadoras fossem obrigadas a ter designers diferentes para o produto vendido no Brasil e o exportado. Isso geraria um encarecimento nos projetos. No caso dos importados, o dilema seria ainda maior, pois as fábricas teriam que decidir se valeria à pena ter um modelo atendendo à exigência brasileira ou se fariam a adaptação aqui mesmo. De qualquer forma, seria um custo a mais para o consumidor, explica Marco Antonio Saltini, presidente da AEA.(2)