A usina Laginha, pertencente ao deputado federal João Lyra (PTB), teve o seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) bloqueado por fraude ao segurodesemprego. O bloqueio levou ao atraso no pagamento de mais de 580 trabalhadores da indústria, que bloquearam, na manhã de ontem, a rodovia BR–104, em União dos Palmares.
Segundo o delegado Regional do Trabalho, Ricardo Coelho, o bloqueio do CNPJ da Laginha foi motivado por algum tipo de fraude. Coelho acredita que fraudadores do seguro–desemprego tenham usado o número do cadastro para aplicar golpes. Entretanto, a verdadeira causa ainda está sendo investigada.
Devido ao bloqueio do CNPJ, cerca de 580 ex–trabalhadores rurais da Laginha estão há cerca de cinco meses sem receber o seguro–desemprego. Ricardo Coelho disse ainda que outras duas usinas do Estado Santa Clotilde e Santo Antônio também estariam passando pelo mesmo problema.
“Vários ex–trabalhadores da Laginha já haviam procurado a sede do Ministério do Trabalho, em União, para reclamar do atraso. Entretanto, somente na sexta–feira tomamos conhecimento do problema. Já entramos em contato com Brasília para que o CNPJ da usina seja desbloqueando”, frisou Coelho.
A expectativa do delegado é de que até a próxima terçafeira todos os ex–trabalhadores da usina do Grupo João Lyra recebam a primeira parcela do seguro–desemprego. “Também estamos tentando agilizar a liberação das parcelas em atraso”, assegurou.
O assessor do deputado João Lyra, jornalista Volney Malta, ressaltou que o problema do bloqueio do CNPJ da Laginha já foi solucionado. “Foi uma questão burocrática do Ministério do Trabalho, como afirmou o próprio delegado regional Ricardo Coelho”, explicou o assessor, destacando que não houve qualquer tipo de fraude por parte da usina.
Volney Malta disse ainda que o protesto realizado, na manhã de ontem, por ex–trabalhadores rurais da Laginha no município de União dos Palmares não afeta em nada a relação da usina com seus funcionários.