Notícias | 28 de agosto de 2003 | Fonte: Fenaseg

João Elisio combate monopólios estatais no Seminário do JB

O presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, disse hoje, durante palestra no Seminário de Seguros e Previdência, promovido pelo Jornal do Brasil e pela Revista Forbes Brasil, no Rio de Janeiro, que a reestatização do Seguro de Acidentes do Trabalho é revoltante, porque traz de volta um monopólio estatal que já havia acabado. “Vamos continuar lutando pela flexbilização desse seguro, que a Reforma da Previdência reestatizou. É obvio que as seguradoras querem participar desse mercado. Mas os maiores beneficiários, quando isso acontecer, serão os trabalhadores, que terão prevenção e cobertura melhor “, complementou. A quebra do monopólio do resseguro é outra bandeira do mercado. “Ninguém vai me convencer que um modelo criado há 60 anos, o do IRB, continue adequado à realidade atual do mercado brasileiro. Como o problema é técnico e não político, acredito que haverá um momento em que o Governo irá perceber que deve privatizar o órgão ressegurador”, ponderou. Ao falar sobre o desempenho do mercado segurador, João Elisio observou que é difícil encontrar um segmento que aplique tanto em títulos público como o de seguros, e que, por isso, seja um grande investidor institucional. No ano passado, as seguradoras investiram 35,89% em papéis do Governo, e no primeiro semestre de 2003 as aplicações já atingiram 31,61%. São reservas de poupança de longo prazo e instrumento vital na alocação de recursos para o desenvolvimento sócio-econômico do País, ressaltou o presidente da Fenaseg. Mas ao cehgar nos números do segmento de saúde, João Eliso ressentiu-se da falta de estímulo, por parte do Governo, para que esse seguro tenha uma progressão maior. Segundo ele, houve, nos últimos dois anos, uma evasão de 20% de usuários de seguro saúde, em virtude da implementação de novas regras, que, entre outros objetivos, visam um nivelamento dos planos e seguros de saúde. Cada pessoa que deixa a saúde privada é mais um a engrossar as fileiras do SUS, aumentando assim a conta do Estado, lembrou. O presidente da Fenaseg aproveitou também para esclarecer a confusão que as pessoas costumam fazem com planos e seguros de saúde. “Dos 35 milhões de consumidores da saúde suplementar no Brasil, apenas 5 milhões representam as companhias de seguros “.

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