A resseguradora IRB (IRBR3) emitiu R$ 33,7 milhões em Letra de Risco de Seguro (LRS), a primeira oferta deste tipo de papel, por meio da Andrina Sociedade Seguradora de Propósito Específico (SSPE), sua subsidiária integral. A informação foi publicada nesta sexta-feira (30) pela Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo.
As LRS do IRB oferecem retorno equivalente ao CDI somado a prêmio de 2,5%, com remuneração no vencimento.
Apesar de a lei que autoriza as seguradoras a emitirem papéis de renda fixa ter sido aprovada em 2022, a operação da IRB foi a primeira desse mercado, que teve um valor considerado pequeno, mas teria servido para testar o apetite dos investidores. A operação foi estruturada pelo Itaú BBA e distribuída junto a investidores privados.
As LRS do IRB envolvem a securitização de riscos de seguro garantia de 14 das maiores empresas as quais a resseguradora está exposta. Segundo a reportagem, o conceito das LRS é de que as resseguradoras e seguradoras fiquem fora dos maiores riscos, ligados a catástrofes e eventos fora da curva, que têm probabilidade de ocorrência inferior a 0,1% dos sinistros, pois repassam esses riscos ao mercado de capitais. Com isso, liberam capital de seus balanços, abrindo espaço para ampliar a oferta de seguros.
“Estamos inaugurando uma nova modalidade de transferência de riscos no mercado local. A emissão das letras de seguro permite que riscos do mercado segurador sejam absorvidos pelo mercado de capitais”, diz o CEO do IRB, Marcos Falcão.
De acordo com o superintendente de Produtos Estruturados do Itaú BBA, Fausto Morais, a LRS atende uma demanda de fundos de investimento por títulos descorrelacionados de riscos e ciclos macroeconômicos.