A resseguradora IRB(Re)(IRBR3) lidera as altas do Ibovespa nesta quarta-feira (23), com um avanço de 7,23% no início da tarde, negociada a R$ 45,57, na esteira dos dados operacionais divulgados pela empresa.
Em agosto, a resseguradora teve um lucro líquido de R$ 29 milhões, queda de 14% na comparação mensal, mas 65% de aumento em 12 meses.
Com os dados de julho e agosto, o BTG Pactual projeta um lucro total de R$ 94 milhões para o terceiro trimestre deste ano, — este seria o melhor resultado da companhia no ano —, superando em 5% as expectativas do mercado e resultaria em uma alta de 44% na comparação trimestral e 97% em dados anuais.
O banco atribui essa projeção a fatores como a redução dos sinistros nos segmentos de seguros agrícola e imobiliário, além da expectativa de reversão de provisões relacionadas a sinistros no Rio Grande do Sul.
IRB (RE) registrou índices melhores em agosto
Segundo o BTG, o mês de agosto registrou uma queda significativa nos sinistros retidos, que diminuíram 57% em comparação com julho e 4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo R$ 220 milhões. Já os prêmios ganhos — valor que a empresa efetivamente recebe pelos contratos de seguro — caíram 22% mês a mês e 12% na comparação anual, totalizando R$ 275 milhões.
Apesar dessa redução, o índice combinado, que mede a eficiência operacional das seguradoras, ficou em 101,7% em agosto, uma leve alta em relação a julho, mas ainda assim uma melhoria em relação à média dos últimos doze meses. O índice de sinistralidade, que reflete a proporção de prêmios usados para pagar sinistros, subiu para 65,7% no mês, mas apresentou uma queda significativa de 18 pontos percentuais na comparação anual.
Recomendação de compra para IRBR3
A equipe do BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações do IRB (RE) (IRBR3), com preço-alvo de R$55, representando um potencial de valorização de aproximadamente 30% em relação ao preço atual de R$42,49.
A análise também aponta que, apesar dos desafios, o IRB (RE) segue com uma estratégia de priorização da lucratividade sobre o crescimento, o que deve continuar a fortalecer os resultados da companhia nos próximos trimestres.