Ronaldo França, líder de Desenvolvimento de Negócios em Seguros Latam da AWS, Marcelo Picolo, diretor executivo América Latina do Sul da Solera, e Dennis Milan, diretor de Tecnologia, Digital e Inovação da Tokio Marine Seguradora, participaram do painel “Inteligência Artificial Remodelando o Seguro” do CQCS Insurtech & Inovação 2024. Durante o debate, realizado no dia 13 de novembro, na sala “Denise Bueno”, os especialistas pontuaram mudanças significativas de uma nova era.
De acordo com Milan, a transformação tecnológica dos últimos 30 anos sempre teve seus hypes, como a chegada dos microcomputadores, plataformas de auxílio corporativo – a exemplo do Excel, email, portal do corretor online, cotadores, multicálculo –, e mais. E toda essa inovação acompanha o mercado até hoje: “A tecnologia sempre está evoluindo. Se você perceber, quase toda tecnologia passada segue no presente”, comentou o executivo.
Para que os corretores estejam cada vez mais incluídos no mundo digital, a Tokio oferece a plataforma BrokerTech, onde é possível gerenciar vendas e ativos de forma mais eficiente, aproveitando a digitalização para criar novas parcerias e alavancar vendas, além de obter capacitação, permitindo o desenvolvimento contínuo de habilidades. “Não é simplesmente uma ferramenta, mas uma capacitação para que os corretores possam entender o que pode ser feito”, comentou Milan. Ao capacitar seus parceiros, a seguradora consegue, ainda, garantir que eles possam oferecer os produtos digitais de diferentes ramos (empresarial, residencial, auto, vida, entre outros).
Para Picolo, a IA pode auxiliar muito na produtividade e na precisão de dados, como é possível observar com o VIN. A Solera utiliza o sistema para identificar com precisão o veículo sinistrado e assegurar que todas as especificações do fabricante sejam respeitadas no reparo. Esse processo minucioso analisa cerca de 1.400 peças por modelo, permitindo que cada detalhe seja considerado, o que reduz o risco de erros e garante que o veículo seja restaurado conforme os padrões originais de fábrica. “O fabricante estabelece métodos de reparo. E para lidar com isso, a Solera criou o VIN, que funciona como DNA do carro”, explicou Picolo.
Já “a arte do possível” é sobre entender a realidade do mercado e de trazer soluções que façam a diferença real para o setor, segundo França. Com a IA generativa, as seguradoras agora têm a prova de que “sim, é possível fazer.” Essa tecnologia já está demandando o mercado, permitindo que as empresas entreguem respostas rápidas e precisas ao utilizarem recursos de confiança para unir informações de diferentes sistemas de maneira eficiente.
Conforme destacou o líder de Desenvolvimento de Negócios em Seguros Latam da AWS, são “várias áreas que a gente tem visto a tecnologia e IA impactar o segmento de seguros, desde personalização de preço, cross-sell e automação do sinistro, até a experiência como um todo e detecção de fraudes”. Ou seja, hoje em dia, a tecnologia está em toda a companhia, movendo o setor a novas práticas. Esse movimento representa uma capacidade aprimorada de resposta e personalização que acompanha as necessidades e a realidade do mercado atual.