Notícias | 14 de março de 2024 | Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti

Infectologista credenciada da Omint destaca possíveis complicações da dengue e como evitar a doença

Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 467 mortes e 1.626.707 casos prováveis de dengue apenas este ano. Neste cenário, a infectologista Mirian Dal Ben, credenciada pela Omint, destacou mais, no blog da companhia, sobre a doença viral, como complicações e os principais tratamentos e cuidados.

A doença é causada por um dos quatro sorotipos do vírus, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, e é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. No entanto, o mosquito Aedes albopictus também pode desempenhar um papel na transmissão da dengue, especialmente em áreas onde ambos os mosquitos coexistem.

“Normalmente, quando uma pessoa se infecta, ela pode incubar a doença por até 14 dias, até surgirem os primeiros sintomas”, comentou a Dra. Mirian Dal Ben. Os sintomas iniciais podem ser febre (acima de 40º), dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça e atrás dos olhos, fadiga extrema e manchas na pele. Contudo, a infectologista afirmou que os sinais variam, já que existem pacientes mais sintomáticos que outros. Algumas pessoas, inclusive, podem apresentar complicações.

“A fase crítica ocorre exatamente quando a febre melhora. São nas 48 horas após a diminuição da febre que o paciente entra na fase delicada, na qual ele pode desenvolver o choque da dengue ou a dengue hemorrágica“, explicou a infectologista. Durante esse estágio, os vasos sanguíneos se tornam mais permeáveis, o que resulta na saída do líquido do interior do vaso, podendo levar a um quadro de edema, o qual o paciente apresenta inchaço e acúmulo de líquido nos pulmões ou no abdômen. Como consequência desse processo, a pressão arterial pode cair abruptamente, levando o paciente ao estado de choque.

O choque da dengue é uma condição grave que requer intervenção médica imediata, pois pode progredir rapidamente para complicações potencialmente fatais se não for tratado de forma adequada. 

Outra complicação é a dengue hemorrágica, que se caracteriza por sangramentos que podem ocorrer em várias partes do corpo, especialmente na parte gastrointestinal. Isso acontece pela diminuição significativa do número de plaquetas no sangue, um dos principais componentes responsáveis pela coagulação.

Quando as plaquetas caem a níveis críticos, a capacidade do organismo de formar coágulos sanguíneos é comprometida, resultando em hemorragias internas e externas. Os sangramentos gastrointestinais são particularmente preocupantes por conta do risco de complicações graves.

A infectologista Mirian Dal Ben também explicou que é necessário orientar as pessoas infectadas sobre a importância de se manter hidratado: “Recomenda-se que o paciente consuma pelo menos 60 ml de líquidos por quilo de peso corporal diariamente, com cerca de um terço desse volume na forma de solução de hidratação oral. Em crianças, este volume pode chegar até 100 ml de líquidos por quilo de peso corporal”.

É muito difícil atingir esta meta de hidratação pois os pacientes, habitualmente, não estão se sentindo bem, com sintomas de náuseas. Além da hidratação, o uso de medicamentos analgésicos e antipiréticos adequados, sob orientação médica, também se faz preciso para aliviar os sintomas, como febre. 

A fim de evitar a doença ou a recontaminação, a sociedade geral precisa estar consciente, especialmente, do que pode ser feito, como: não deixar recipientes com água parada, limpar calhas e canaletas, usar telas de proteção e repelentes e manter piscinas, lixeiras e caixas d’água cobertas. 

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