As diferentes técnicas e abordagens empregadas na arte de fotografar compõem a temática central de “Identidades Contrapostas”, mostra que apresentará cerca de 40 imagens selecionadas dentre os trabalhos de 18 artistas, premiados nas edições de 2001 a 2007 do Prêmio Porto Seguro Fotografia. A exposição foi inaugurada na ultima quinta-feira 9 de outubro, no Instituto Tomie Ohtake. O público pode apreciar as fotografias até 30 de novembro.
Segundo Cildo Oliveira, curador da mostra, artista plástico e membro da comissão avaliadora do Prêmio Porto Seguro Fotografia, os trabalhos destacam, antes da imagem, o processo criativo de cada artista. “São trabalhos que reduzem as imagens e potencializam os conceitos e conteúdos. Trata-se de um conjunto de obras que busca novas linguagens para a criação da imagem fotográfica, com base em diversificados recursos experimentais”, afirma.
As fotografias expostas em “Imagens Contrapostas” são resultado da composição feita a partir de interferências no filme e negativo, presente nos trabalhos de Cássio Vasconcellos, Avani Stein e Marcelo Lerner; captação por meio de máquinas criadas a partir de um scanner, recurso utilizado por Guilherme Maranhão; e situações diversas na qual o público é convidado a reconhecer a ordem dos elementos, segundo a proposta da artista Edith Derdyk.
“A mostra elege liberdade conceitual e técnica por meio de múltiplas exposições, baixas velocidades, fotomontagens e solarizações, contando com pioneiros como Fernando Lemos, com sua série surrealista, e German Lorca, com suas experimentações construtivistas”, comenta Cildo.
O passado, o presente e suas relações estão contemplados nos trabalhos de Eustáquio Neves, que manipula fotografias para recriar a memória; Marcelo Zocchio, que insere imagens urbanas antigas e atuais no mesmo espaço; e Clayton Camargo Jr., que faz associações a partir de cartões postais.
Conceitos como modelo original, aparências e signos são abordados nas fotografias de Tom Lisboa e Tiago da Arcela. Imagens contemporâneas produzidas a partir de métodos primitivos, como o pinhole, daguerreótipos e fotografia solarizada em preto e branco podem ser vistas nos trabalhos de Ricardo Hantzschel, Cris Bierrenbach e Vilma Sonaglio. Publicações inusitadas e que questionam os meios mecânicos de produção são exploradas nas fotografias de Edu Marin Kessedjian e Lívia Aquino.
Serviço: Identidades Contrapostas Onde: Instituto Tomie Ohtake. Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros – São Paulo (SP). Informações: (11) 2245-1900. Horário para visitação: de terça a domingo, das 11h às 20h, até 30 de novembro. Entrada franca
“Identidades Contrapostas”.
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