Notícias | 2 de outubro de 2023 | Fonte: CQCS l Géssica Santos

Hackers pedem US$ 51 milhões da Johnson Controls após ataque cibernético; caso chama atenção para Seguro Cyber

A Johnson Controls, empresa americana, com sede em Milwaukee, que protege sistemas de controle industrial, equipamentos de segurança, segurança contra incêndio e sistemas de ar condicionado, foi atingida por um ataque cibernético massivo, no último fim de semana. O grupo ransomware Dark Angels, responsável pelo ataque, extraiu mais de 25 TB de dados da organização e pede um resgate de US$ 51 milhões para não publicar os dados roubados. O caso chama atenção sobre a importância do Seguro Cyber. As informações são do site Bitdefender.

Com o ataque, os hackers tiveram acesso aos dados criptografados e, com isso, fez com que a Johnson Controls fechasse seções de sua infraestrutura de TI. Para mitigar o impacto do incidente, a empresa contratou especialistas externos em segurança cibernética depois de tomar conhecimento do problema e também está em coordenação com suas seguradoras.  

O Co-founder da BlueCyber, Claudio Macedo Pinto, destacou a importância das empresas contratar o Seguro Cyber, pois, em casos como o da Johnson Controls, por exemplo, é possível usar várias coberturas. “Um dos pontos principais do seguro cibernético, é obviamente a indenização, pois diminui os prejuízos financeiros que a empresa possa vir a ter. Diante de um ataque cibernético é possível, em um único evento, usar várias coberturas ao mesmo tempo. Pode ter despesas emergenciais, contratar advogados, peritos, pagar indenização, pagar multa e ter lucros cessantes”, pontuou.  

O especialista também reforçou um significativo ponto em relação a ataques cyber, que é a eficiência em comunicar à seguradora assim que ocorrer o fato. “O ponto principal talvez que a empresa tem que entender, os segurados, e o mercado como um todo, é o suporte que as seguradoras dão quando ocorre o evento, que é ligar para o 0800, qualquer horário do dia, tem alguém que vai fazer a triagem para entender o que está acontecendo e vai ajudar a empresa a responder ao ataque o mais rápido possível, e quanto mais rápido responder, menor o prejuízo para todo mundo, tanto o segurado, quanto a seguradora”, frisou.

Claudio ainda acrescentou que as seguradoras têm no seu rol de prestadores de serviços, especialistas em segurança da informação de peritos forenses, advogados especializados em LGPD, perito contábil, além de profissionais especializados em gestão de crise para ajudar a imagem do segurado.

De acordo com Hilario Itriago, consultor de seguros da Boxx Insurance, empresa internacional de seguros cyber, embora as grandes empresas tenham departamentos inteiros dedicados à segurança cibernética, a maioria das médias empresas não dispõe de recursos e conhecimentos especializados para implementar medidas de segurança eficazes. “Isto torna as pequenas empresas atraentes para hackers e especialmente vulneráveis ​​a ataques. Sem um seguro cibernético específico para pequenas empresas, um ataque cibernético bem-sucedido pode levar uma média empresa à falência”.

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