A China permitirá que as seguradoras invistam até quatro quintos de seus US$ 9,8 bilhões em ativos em moeda estrangeira no exterior, afrouxando o controle sobre o movimento de capital e permitindo que as empresas busquem retornos maiores. As seguradoras podem agora pedir aprovação para começar a investir em bônus, letras, certificados de depósitos bancários e outros produtos do mercado financeiro no exterior, informou a Comissão Reguladora de Seguros da China.
As seguradoras chinesas pleitearam o direito de investir no exterior, à medida que se preparam para uma concorrência mais acirrada por parte do American International Group (AIG) , Citigroup, e outras rivais estrangeiras. O governo de Pequim programou suspender no final do ano as restrições sobre onde as seguradoras estrangeiras podem operar, a fim de cumprir as promessas de 2001 para o ingresso na Organização Mundial do Comércio (OMC). “O capital em moeda estrangeira se encontra, em sua maior parte, nos bancos domésticos, com outros poucos canais de investimentos”, disse o órgão regulador de seguros em seu relatório.
As vendas de ações estrangeiras pela China Life Insurance, Ping An Insurance, e PICC Property & Casualty aumentaram os ativos de moeda estrangeira do setor, desde o ano passado. A China Life, maior seguradora do país, captou US$ 3,5 bilhões em dezembro na maior oferta pública inicial (IPO) do ano. A Ping An, a segunda maior da área na China, captou US$ 1,8 bilhão em junho. As seguradoras ficarão restritas aos investimentos em certificados de depósitos bancários, títulos emitidos por governos ou empresas com classificação de, pelo menos, A ou A+, letras bancárias de nível AAA, e alguns outros produtos do mercado financeiro.