O sonho de viver até os 100 anos de idade está cada vez mais próximo da realidade para muita gente, em vários países, devido aos avanços da medicina. Mas também está tornando cada dia maior a sombra do colapso do sistema previdenciário que, nos modelos atuais, ameaça não ter recursos suficientes para sustentar os aposentados por tanto tempo. Notícia publicada no jornal The New York Times e reproduzido na Folha de São Paulo de ontem, comprova o que parece ser uma tendência internacional. Gigantes industriais como IBM, Verizon, Lockheed Martin e Motorola estão congelando os planos de previdência fechados de seus funcionários e transferindo-os para contas abertas junto a seguradoras. As contribuições, tanto do empregador quanto dos funcionários, continuam a ser recolhidas no contra-cheque dos trabalhadores. Mas a estratégia de investimento dos recursos será responsabilidade dos trabalhadores, titulares das novas contas de aposentadoria. Outra diferença importante é que os fundos fechados nos Estados Unidos são garantidos por um sistema chamada Pension Benefit Guarantee Corp. Funciona como o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) brasileiro, que recebe contribuições dos bancos para ressarcir os depósitos até um determinado limite em caso de quebra de uma instituição financeira. Os planos abertos não contam com aquela proteção. Em resumo, isso significa que os trabalhadores americanos vão perder uma aposentadoria garantida e estarão lançados à volatilidade do mercado financeiro, uma vez que nos planos abertos o titular é o responsável por tomar as decisões de investimento dos recursos aplicados.
Fundo de pensão perde espaço para previdência aberta nos EUA
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