Na manhã da última quarta-feira (17), um veículo Volkswagen Golf pegou fogo enquanto era conduzido por um funcionário de um lava-jato até o estabelecimento, na cidade de Limeira (SP). O carro ficou completamente destruído e, segundo informações do site Rápido No Ar, não possui seguro. Em entrevista ao CQCS, o advogado, corretor de seguros e diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros no Distrito Federal (Sincor-DF), Dorival Alves, que também é delegado representante da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), destacou a importância da contratação do seguro e como a cobertura poderia ter minimizado os prejuízos da proprietária.
Segundo informações da imprensa local, a proprietária havia contratado um funcionário do lava-jato para buscar o veículo em sua residência e realizar a limpeza. Durante o trajeto, o motorista ouviu um forte estrondo e, inicialmente, acreditando que se tratava de um problema no pneu. No entanto, ao parar, percebeu uma
grande quantidade de fumaça saindo do capô do carro.
Dorival Alves frisa que o incidente na cidade de Limeira (SP) serve como alerta para todos os proprietários de veículo sobre a importância da contratação de uma apólice de seguro, tendo em vista que muitas pessoas, na tentativa de economizar, optam por não contratar o seguro, colocando-se em risco. “As apólices de seguros de automóvel, especialmente as que oferecem cobertura compreensiva, garantem proteção contra colisões, incêndios e roubos. Um corretor de seguros qualificado pode auxiliar o proponente na avaliação e sugestão de coberturas complementares, como o seguro de Acidentes Pessoais de Passageiros, conhecido como seguro APP ou Seguro de Passageiros que tem como objetivo indenizar as vítimas (passageiros e motorista) contra acidentes ocorridos com o veículo segurado, como também, o RCF-V (Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos) que é um seguro que cobre danos causados a terceiros”, disse.
O especialista cita ser fundamental lembrar que, em um acidente, não apenas o veículo do proprietário pode ser afetado. “Se o veículo incendiado tivesse causado danos a terceiros, a um carro de terceiros, a proprietária poderia enfrentar despesas significativas para cobrir os danos, além de indenizações em casos de atropelamento ou lesões corporais , incluindo a morte de terceiros”, afirma.
Segundo Dorival Alves, caso a proprietária tivesse contratado o Seguro Auto com cobertura compreensiva, ela estaria amparada mesmo na situação registrada. “Trata-se de um evento isolado, em que o veículo foi conduzido por um terceiro, no caso, um funcionário do lava-jato, sem que houvesse o hábito ou a autorização regular para isso. Ainda assim, a apólice geralmente garante cobertura em casos como esse, desde que não haja má-fé ou uso indevido habitual por terceiros”, esclarece. O advogado e corretor de seguros reforça que esse tipo de proteção é fundamental para evitar prejuízos em ocorrências inesperadas, como incêndios, colisões ou furtos, independentemente de quem esteja ao volante no momento do sinistro.
Ainda de acordo com o site Rápido No Ar, o Corpo de Bombeiros local foi acionado e conseguiu conter as chamas, mas o veículo foi considerado como perda total. As causas do incêndio ainda não foram apuradas, e as autoridades estão investigando o caso.