Notícias | 17 de novembro de 2022 | Fonte: CQCS l Alícia Ribeiro

Fred Knapp, presidente da Swiss Re Brasil, discute desafios do setor na ABGR

Nesta quarta-feira (16), Fred Knapp, Head Reinsurance Brasil and Southern Cone e Presidente da Swiss Re Brasil Resseguros, participou de um evento realizado pela Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR) para discutir os novos desafios do setor. “Até pouco tempo, as catástrofes não afetavam o Brasil. Era o único país na região que não tinha isso. Mas, vieram dois anos duros, com R$ 7 bilhões de perdas com o agro. Isso trouxe nova realidade para o mercado de seguros”, revelou.

Knapp destacou que o aumento da frequência e da severidade dos sinistros, em todo o mundo, provocou uma reavaliação dos valores referentes ao seguro. “Teve encontro recente em Montecarlo onde se discutiu o aumento da taxa das franquias e a redução das comissões, eventualmente. Isso deve ser feito para o mercado se manter sustentável em longo prazo”, acrescentou, que representou a Fenaber no encontro.

O presidente assinalou que haverá um “endurecimento” do mercado, possivelmente com o aumento também dos preços do seguro e do resseguro. “A gente já observa isso, no Chile, por exemplo, que está mais avançado nessa questão. Não se assustem com aumento de taxas que vamos ver no mundo todo em breve”, ressalvou.

No ponto de vista de Knapp, o Brasil precisa estar alinhado com o mercado internacional. “Não quero ser o mensageiro do apocalipse. Mas, houve um grande evento nos Estados Unidos que trouxe perdas de US$ 100 bilhões, sendo que US$ 60 bilhões estavam segurados. Isso terá impacto em todas as colocações nos resseguradores internacionais”, alertou.

Ele também citou algumas questões que precisam estar no radar do setor. A primeira delas é referente às muitas mudanças no mercado local desde que 150 resseguradoras estrangeiros passaram a atuar aqui em 15 anos de mercado aberto. “Agora, uma circular trará novo ambiente regulatório de resseguro. Será importante para a gente aplicar no mercado local o que é feito lá fora”, pontuou.

O segundo ponto é relacionado exatamente ao fato de o País vir sendo atingido por catástrofes que, até pouco tempo, não afetavam o Brasil.

Por fim, o presidente apontou a importância de resseguradores, seguradores e corretores estarem atentos a questões climáticas. “O mercado precisa ter protagonismo nessa questão. Adotar iniciativas pensando no que deixaremos para nossos netos daqui a 30 ou 50 anos”, observou.

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