Notícias | 19 de dezembro de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Fenaseg pede mais empregos e renda para mercado crescer

Os seguradores e os corretores estão convencidos de que a atividade de seguros vai crescer ano que vem, mas ainda em ritmo contido, acompanhando o desempenho da economia. Na Superintendência de Seguros Privados (Susep), os cálculos dos técnicos indicam que o mercado fechará 2004 com faturamento na casa de R$ 33,7 bilhões, sem o seguro-saúde, expansão de 12,3% sobre o esperado para 2003. A alta, se confirmada, ficará bem acima da inflação, IPCA estimado em 6%, o do Produto Interno Bruto, projetado em 3,5%.

Na Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), a preocupação maior é com o cenário econômico. João Elisio Ferraz de Campos, presidente da entidade, diz que é preciso garantir o crescimento do PIB em pelo menos 4% no próximo ano. Mas, para ele, é preciso aproveitar essa tendência de recuperação da economia para gerar empregos e distribuir melhor a renda. “O seguro também depende dessas premissas para crescer”, sustenta.

Na Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), a orientação está também voltada para unir forças. Armando Vergílio dos Santos Junior, presidente da entidade, afirma que a sinergia entre os segmentos do mercado é primordial para desenvolvê-lo

– Creio, inclusive, que a Funenseg (Fundação Escola Nacional de Seguros) pode ser a ferramenta mais adequada para aglutinar essa discussão, envolvendo Fenacor, Fenaseg, Susep e IRB Brasil Re – sugere, fazendo alusão ao fato dessas quatro organizações serem mantenedoras da entidade de ensino.

Armando Vergílio assinala que vê o mercado de seguros andando de lado ou até ficando menor em determinadas carteiras. Prova disso é que, em dólar, segundo ele, o faturamento previsto para 2003, de cerca de US$ 14,7 bilhões, é bem menor que o registrado no final da década passada, tais como em 1997 (US$ 17,1 bilhões) e 1998 (US$ 16,7 bilhões).

Ele revela que o consumo per capita de seguros no Brasil, que está na faixa de US$ 64, também é muito baixo, inferior, inclusive, ao de outros países latino-americanos. De qualquer forma, Armando Vergílio concorda que as perspectivas são boas.

– Nós, corretores de seguros, por exemplo, estamos sufocados por uma carga tributária que é totalmente injusta. O crescimento do mercado depende também de mudanças na legislação e no formato de alguns produtos, da abertura do resseguro e da regulamentação do artigo 192 da Constituição. São desafios que precisam ser vencidos 2004 – conclui Armando Vergílio.

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