Notícias | 27 de junho de 2025 | Fonte: Revista Apólice

FenaSaúde se posiciona diante dos reajuste nos planos de saúde

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) avaliou positivamente o novo índice de reajuste definido pela ANS para os planos de saúde individuais e familiares – o menor dos últimos 17 anos, com exceção de 2021, quando houve redução em razão da pandemia de Covid-19. Para a entidade, o resultado reflete, em grande parte, os esforços adotados pelas operadoras nos últimos dois anos para conter o desequilíbrio econômico-financeiro do setor.

Entre as principais medidas adotadas pelas empresas, a federação destaca ações de controle de custos assistenciais, renegociação de contratos com prestadores, revisão de condições comerciais, redução de desperdícios e o fortalecimento das estratégias de combate a fraudes. De acordo com a FenaSaúde, essas iniciativas permitiram maior eficiência na gestão dos planos, contribuindo para a queda do índice de reajuste autorizado.

Apesar do resultado considerado positivo, a entidade chama atenção para a necessidade urgente de revisar a metodologia de cálculo aplicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para a federação, a fórmula atual pode não refletir adequadamente os custos reais enfrentados pelas operadoras, especialmente em contratos antigos, com carteiras envelhecidas e historicamente defasadas.

“É preciso que o índice definido não fique descolado das reais necessidades financeiras, especialmente em contratos antigos e carteiras com defasagens acumuladas. Persiste a necessidade de se equilibrar os reajustes com uma pressão de custos assistenciais que é crescente e oriunda de um fluxo contínuo de incorporação de tecnologias e terapias caríssimas e da própria judicialização”, afirmou Bruno Sobral, diretor executivo da FenaSaúde.

A federação também ressalta que, mesmo diante de um cenário de maior controle, o setor segue pressionado por fatores externos, como o avanço acelerado de novas tecnologias médicas, aumento da utilização dos serviços e decisões judiciais que obrigam a cobertura de procedimentos não previstos contratualmente. Segundo a entidade, esse contexto reforça a importância de garantir previsibilidade e sustentabilidade para o sistema de saúde suplementar.

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