O Sinbevidros, Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de São Paulo, está movendo ação contra as seguradoras. O sindicato denuncia que a política de recusar vidros para reposição automotiva que não sejam “originais” de fábrica está denegrindo a imagem dos fabricantes nacionais e promovendo concorrência predatória: “enquanto a ação está sendo analisada na SDE, Secretaria de Direito Econômico, uma das indústrias filiadas ao Sinbevidros acaba de ser descredenciada pela CarGlass, rede autorizada que atende às seguradoras Marítima, Liberty Paulista e Hannover”, diz a advogada Candice Crochiquia, diretora executiva do sindicato.
Segundo a advogada, esse tipo de ação discriminatória só reforça a ação do Sinbevidros contra a política das seguradoras de restringir o mercado de reposição de vidros automotivos às multinacionais. Os dirigentes da entidade garantem que seus vidros são originais, produzidos pelas mesmas fábricas que fornecem para as montadoras, a fim de garantir uma instalação tão boa quanto a original de fábrica.
Eles alegam que essa discussão sobre o termo ‘original’ tem resultado em uma atitude discriminatória por parte das seguradoras.
Para o presidente do Sinbevidros, Roberto Menedin, uma vez que o Contran, Conselho Nacional do Trânsito, tem claras exigências com relação às especificações dos pára-brisas, vidros laterais e traseiros e que a indústria nacional está buscando cada vez mais atender aos processos de melhoria de qualidade e às requisições obrigatórias para receber a certificação Inmetro-Falcão Bauer, o produto nacional está plenamente qualificado para atender ao mercado de reposição: “assim, o que se exige é o fim das restrições que impedem a livre concorrência”, acrescenta Roberto Menedin. Ele revela que sete seguradoras estão sendo acionadas pelo Sinbevidros.