Notícias | 4 de novembro de 2010 | Fonte: CQCS | Camila Barreto e Renata Santana

Exigência do CEP Pernoite provoca discussões no mercado

A lista de critérios para formação do preço de um seguro de automóvel está sendo alvo de discussões entre os donos de carro e corretores, por conta de um adicional: o CEP Pernoite. Juntamente com outros fatores, como modelo e ano do carro, perfil do condutor e valor da franquia, a inclusão deste novo item tem causado uma série de questionamentos.

A cotação de seguro de automóveis, que já tinha o CEP como uma variável decisiva no valor final, incorporou recentemente uma subcategoria mais específica, o CEP Pernoite, na análise da precificação do seguro de auto.

O corretor Carlos Eduardo Barreto, que atua há 30 anos na profissão, é contra essa inclusão: “Não vejo problema se a seguradora pede o CEP do domicilio fiscal, agora eu acho um absurdo algumas seguradoras exigirem CEP Pernoite, pois existem veículos que não ficam sempre na própria empresa, e sim na mão do funcionário que viaja”.

O CEP Pernoite já havia sido combatido entre corretores por conta de um Projeto de Lei criado pelo deputado Jurandy Loureiro (PSC-ES). Visto pela categoria como populista e sem nenhuma base técnica, o projeto não agrada quando diz que “os corretores e seguradoras só visam o lucro”.

Segundo especialistas ouvidos pelo CQCS, o que pode ser umas das causas de indignação de alguns segurados, por conta da falta de esclarecimento, talvez seja o modo como é analisado o CEP.

“Na realidade, para fazer a planilha de cálculo, as seguradoras mapeiam os CEPs das áreas de riscos e adjacências. Os segurados que moram nessas regiões são penalizados quando têm seus carros furtados em áreas em que os CEPs de pernoite têm taxas mais baixas de veículos roubados,” explica o corretor Sebastião Galdino.

Os corretores afirmam que é a falta de segurança pública que faz aumentar os índices de roubos e furtos de veículos. O CEP de Risco, variável que mais interfere no fechamento do preço da apólice,  já é para a maioria das seguradoras o CEP de onde o veículo pernoita.

O corretor Rafael Lopes, que atua há 20 anos, defende o posicionamento das companhias.  “Uma seguradora precisa avaliar os seus riscos diante de um pedido de garantia, mas a forma como isso tem sido utilizado acaba gerando grandes distorções”.

Ao consumidor, resta pesquisar antes de fechar o contrato com a seguradora, observando as vantagens que cada uma oferece e aquela que atende melhor as suas necessidades. O CEP certamente continuará sendo uma informação forte na precificação do seguro e o consumidor deverá estar atento às mudanças no segmento.

Um comentário

  1. RESPECTU CORRETORA DE SEGUROS

    4 de novembro de 2010 às 10:35

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