Na edição da última quarta-feira (15) do programa Melhor da Tarde, exibido pela TV Bandeirantes, o colunista Matheus Baldi, divulgou a informação de que Alexandre Correa, ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, que foi denunciado por violência doméstica contra a ex-mulher, teria feito seguro de vida em nome da mesma, com valor estimado em R$ 10 milhões.
Ainda segundo informações do colunista, o seguro de vida teria sido feito em 2016, época em que Ana Hickmann possuía um alto faturamento oriundo de comerciais, franquias e seu próprio salário na Record TV, estimado em R$ 2 milhões. Matheus Baldi frisou ainda que Alexandre Correa seria o beneficiário da apólice, que pessoas próximas a apresentadora afirmaram que a mesma não tinha ciência da contratação e que no ano seguinte ao trâmite a seguradora não renovou o contrato.
Em entrevista ao CQCS, a Corretora e proprietária da AGiliza Corretora de Seguros, Gabriele Rech, destacou os transmites para a contratação de uma apólice de seguro de vida. “O indivíduo ao fazer o seguro de vida, em seu nome, precisa assinar e preencher a ficha de saúde. Além disso, tendo em vista as ocasiões em que o valor é absolutamente significativo, o procedimento tem que ser feito pelo próprio titular, assim como também cabe ao mesmo a escolha dos beneficiários”, disse.
Já o professor e consultor de seguros, Sérgio Ricardo, acredita ser remota a possibilidade de que a apresentadora não tivesse conhecimento da apólice. “Uma pessoa como a modelo e apresentadora deve ter seguro de pessoas (morte natural e acidental etc.) e se ela é casada ou vive em união estável, os beneficiários naturais são o cônjuge e filhos, mas em que pese a exploração da mídia, cabe lembrar que as propostas de seguro têm que ser assinadas pelos segurados e com capitais dessa monta também as Declarações Pessoais de Saúde, até porque, com quase certeza, há colocação de resseguro envolvida. Assim, a possibilidade de que ela não soubesse da contratação é remota”, afirmou.
O especialista também informa quanto a possibilidade de fraude. “A contratação em si não seria fraude, mas sem a anuência do segurado e sendo o proponente um possível beneficiário talvez pudesse ser reconhecido como fraude em caso de sinistro, mas assim mesmo, com os valores envolvidos, chego a pensar ser impossível que a segurada não soubesse da contratação”, concluiu.
Procurado pela equipe de reportagem da TV Bandeirantes, Alexandre Correa não respondeu o contato. O mesmo é investigado pelo Polícia e pode ser indiciado por lesão corporal e violência doméstica no âmbito da Lei Maria da Penha, podendo cumprir pena de até 3 anos de prisão.