Benefícios e desafios da automatização no mercado de análise de crédito foi tema da conversa promovida pela Allianz Trade na segunda edição do Credit Talks de 2022 que tem como objetivo apresentar insights sobre como a análise de crédito tem sido impactada pelas transformações digitais e inteligência artificial. A automatização tem mudado os processos de análise de crédito nos últimos anos, o que traz mais agilidade e eficiência aos métodos de avaliação de riscos.
Para apontar os desafios deste novo cenário, benefícios e pontos de atenção, o time de especialistas em análise de crédito da Allianz Trade, empresa líder mundial em seguro de crédito e especialista em seguro garantia, realiza na próxima quinta-feira, dia 7 de julho, às 10h, o evento Credit Talk “Análise de risco de crédito”.
Eduardo Pedrazini Albano, da SERASA Experian e Guilherme Machado Cunha, da SND, participaram de evento on-line promovido pela Allianz Trade para compartilhar como tem sido a experiência de adaptar seus negócios para as mudanças que estão cada vez maiores neste segmento. Felipe Tanus, o superintendente de risco de crédito, foi o mediador da conversa que ainda contou com a participação de Rafael Guarento e a especialista em risco de crédito, Julie Higara, todos da Allianz.
Julie falou sobre como funcionava o processo de análise de credito até 2017 que eram feitas 100% de forma manual. “Era um processo muito moroso em que eram necessários pelo menos 5 minutos para captar informações auxiliares de cada CNPJ e, na sequência, cadastrar cada empresa, era um total de 10 a 15minutos por CNPJ”, disse ela. Afirmou ainda que ter respostas rápidas é crucial quando se pensa em crédito.
Já Rafael destacou que a automatização funciona bem e o desafio para quem implementa não é o processo de automatização, mas segundo ele, a dúvida é sobre a relação dos parâmetros a serem adotados. “Constantemente aqui na seguradora verificamos se nossa metodologia precisa de novas variáveis. Temos um mundo mais atribulado e acho que o grande desafio é como converter nosso modelo nos nossos parâmetros adotados. Adaptar a metodologia sob essas incertezas é o desafio do nosso cotidiano”, apontou.
Ele contou ainda que a seguradora tem um comitê que analisa as decisões automatizadas para identificar se a decisão que foi tomada de forma automatizada teria sido tomada por um analista. “Isso suporta muito a calibragem do nosso modelo”, assegurou.
Eduardo Pedrazini Albano, da SERASA Experian, disse que o tema é abrangente e quando se fala em plataforma de decisão, leva em conta qualquer processo que se queira automatizar. “Esse processo inibe processos pessoais e além de uniformizar é possível manter governança nesse processo o que acaba sendo importante qdo se pensa na LGPD”, diz ele. Ele explicou que quando se fala em consulta de dados não precisaria consultar todos os dados. “o custo de aquisição tende a diminuir com os processos qdo se fala de consultas a dados se um CPF estiver inativo por exemplo, você não precisa chamar score de fraudes, por exemplos”, afirmou.
Ele disse que na Serasa que atende qualquer segmento e que, de maneira resumida, o processo de automatização é sobre como se usam dados e analytics. “O que vemos no mercado combinado com dados internos, as informações transacionais são potencializados por modelos diversos”, explicou.
Já Guilherme Cunha, SND, falou dos processos de automatização da empresa. Ele explicou que todo o processo de concessão de crédito, desde o cadastro é automatizado. “ Temos interação humana apenas em alguns momentos na decisão do crédito”, disse. Ele explicou que o processo inicia no cadastro do cliente seja através do portal ou pelo time comercial.
Ele acrescentou que a automação da SND não está reduzida a concessão do crédito, mas abarca também a manutenção do crédito concedido. “Monitoramos pelo Serasa qualquer apontamento ou restrição dos principais riscos”, acrescentou.
Os participantes ainda responderam algumas perguntas da audiência.