As medidas divulgadas pelo governo na última sexta-feira foram elogiadas por executivos do setor de previdência aberta. `A regulamentação mostra que o governo quer de fato aumentar a poupança de longo prazo`, comentou Eduardo Bom Ângelo, presidente da Brasilprev Previdência, uma parceria entre Banco do Brasil, Principal e Sebrae.
Para Renato Russo, vice-presidente de previdência e fundos da SulAmérica Seguros, associada ao ING, o governo poderia ter sido mais agressivo na redução da alíquota do imposto. `A taxação poderia ser zero para aplicações com mais de dez anos`, disse. `Mas é um bom começo`.
O grande desafio do setor, segundo ele, será o de comunicar as novas alternativas de investimentos para os clientes. `Teremos de fazer um grande esforço de comunicação para que o cliente entenda que tem diferentes alternativas de aplicação. Se quer curto prazo tem de ir para fundos mútuos. Se quer o longo, previdência é a melhor alternativa`, enfatizou.
Uma importante questão com a entrada em vigor das normas é a melhor condição das seguradoras remunerarem os corretores. `Vai ficar mais fácil, pois a carteira terá uma retenção maior de recursos com o alongamento do prazo de aplicação. Isso nos possibilita criar modelos de remuneração interessantes aos profissionais de venda`, disse. Quanto à criação de produtos, ambas já estão empenhadas. `Na segunda-feira temos uma reunião com o BB para discutir esse assunto`, disse Bom Ângelo.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(D.B.)