Valor da indenização deve ter impacto na reconstrução do local Um júri federal americano começa a decidir nesta segunda-feira se a empresa proprietária do World Trade Center deve receber indenização das companhias de seguro por um ou por dois ataques.
As seguradoras contestam a ação do empreiteiro Larry Silverstein, dono da empresa que cobra indenização por dois ataques, e afirmam que os atentados contra as torres gêmeas foram parte de um único evento.
Silverstein espera receber US$ 7 bilhões (R$ 20,5 bilhões) pelos dois ataques, mais do que o dobro dos US$ 3 bilhões que serão pagos caso a Justiça americana decida que as seguradoras devem indenizá-lo por apenas um atentado.
Os advogados do empreiteiro afirmam que os ataques foram dois eventos porque o segundo avião seqüestrado em 11 de setembro de 2001 atingiu o World Trade Center 15 minutos depois do primeiro.
Reconstrução
Com uma indenização maior, Silverstein poderia construir uma nova torre, arranha-céus e outros prédios no local onde ficava o World Trade Centro dentro dos próximos dez anos.
Já uma compensação financeira menor poderia significar anos de atraso no projeto de reconstrução da área.
“Qualquer um em Nova York sabe que a quantia que recuperarmos neste processo vai ter um impacto na reconstrução deste lugar”, afirma Kevin M. Rampe, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Lower Manhattan.
Silverstein sofreu um duro golpe em setembro do ano passado, quando um tribunal federal de apelações definiu os ataques como um único evento. O tribunal, no entanto, decidiu que um júri deveria julgar o caso.
Outra complicação no processo é o fato de que, como a escritura de posse do World Trade Center havia sido assinada apenas alguns meses antes dos ataques, os contratos de seguro ainda não tinham sido formalmente assinados quando ocorreram os atentados.