Notícias | 9 de fevereiro de 2004 | Fonte: CQCS

Decisão do IRB traz à tona discussão sobre parcerias com estrangeiros

A decisão tomada pela diretoria do IRB Brasil Re de descentralizar a colocação no mercado internacional dos excedentes de riscos do Brasil, através da parceria com um número maior de brokers, vai incentivar as associações entre corretores de seguros brasileiros e estrangeiros. A avaliação prevalece entre muitos líderes da categoria, para os quais esse processo favorecerá, inclusive, os profissionais de médio porte, pois, em razão das características próprias do mercado doméstico, os grupos internacionais não podem abrir mão do expertise acumulado pelos corretores brasileiros.

Até o momento, foram feitas apenas parcerias entre grandes empresas. Contudo, há uma movimentação para que se possa, de alguma forma, incentivar a proliferação desses acordos operacionais. Há pouco tempo, o Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro chegou a cogitar a possibilidade de atuar como uma espécie de intermediário, fazendo a ligação entre os interessados em parcerias: “acreditamos que todos têm a ganhar com as associações”, justifica o ex-presidente do Clube, Mário Faria.

A empreitada não foi adiante, mas ainda hoje se conversa sobre possíveis alternativas, entre as quais a adoção do modelo adotado no exterior, em que várias corretoras se reúnem para formar uma espécie de grande cooperativa, uns atendendo aos clientes dos outros, em cidades, estados e até países distintos. Nos Estados Unidos, esse sistema é utilizado, por exemplo, pelos associados da Assurex, que já tem representantes do Brasil.

O grande problema para a concretização das associações é que muitos corretores brasileiros temem perder seus negócios para os grupos estrangeiros. Mas, em contrapartida, ferramentas que poderiam ser utilizadas por empresas nacionais acabam sendo adotadas apenas por corretoras que acumularem experiência nesses tipos de tecnologias no mercado internacional. É o caso da venda de seguros através de canais alternativos, como as contas de concessionárias públicas.

De olho nesse nicho, a Fenacor já se posicionou a favor da adoção daqueles canais, desde que eles fiquem sob a coordenação de corretores de seguros. Diante desse cenário, para muitos profissionais, a parceria com os estrangeiros pode vir a ser um atalho.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN