Crescimento real pode ficar acima dos 10%

A atividade seguradora deve fechar o ano com um crescimento real, ou seja, acima da inflação, de aproximadamente 10%. A avaliação é do consultor Francisco Galiza, para quem a receita de prêmios “deve ter um aumento próximo dos 20% em 2003, comparada ao valor registrado no ano passado”, estima o consultor.
Ele ressalta que boa parte desse incremento deve-se à explosão das vendas do VGBL, que é visto por muitas lideranças do setor, como o presidente da Fenacor, Armando Vergílio dos Santos Junior, como um arremedo de seguro, por reunir muito mais características de fundo financeiro.
A estimativa feita por Francisco Galiza encontra respaldo nas últimas projeções da Susep. Até agosto, os técnicos da autarquia previam um crescimento da receita do setor em torno dos 24,5% para este ano e de 11,1% em 2004. Nos próximos dias, a Susep deve divulgar nova projeção, que pode ficar um pouco abaixo desse percentual, uma vez que as estimativas do Banco Central para o crescimento do PIB em 2003 também foram reavaliadas, para baixo.
A Susep também reconhece a influência do VGBL no comportamento da atividade seguradora este ano.
De acordo com a autarquia, se for excluído o faturamento do VGBL de 2002 e o esperado para 2003, o mercado de seguros apresentaria um crescimento de 12,7% no atual exercício, bem abaixo dos 24,5% projetos com a inclusão daquele produto.
Jorge Clapp