Notícias | 18 de julho de 2006 | Fonte: Gazeta Mercantil

Cresce interesse pela previdência infantil

Cada vez mais, pais investem nesse tipo de produto para garantir a melhor formação dos filhos. Depois da emoção do nascimento de seu filho, quando você toma seu bebê nos braços e olha para aquele rostinho indefeso, uma coisa passa pela sua cabeça: tenho que proteger esta criança com todas as minhas forças. Desse sentimento deriva uma outra preocupação: tenho que providenciar um bom futuro para meu filho. Quem já é pai ou mãe e passou por essas experiências entende o significado das palavras acima. Algumas gerações são do tempo da velha caderneta de poupança e levavam seus cofrinhos cheios de moedas para o banco.

Hoje, as instituições bancárias oferecem outras opções de investimentos, entre elas está a previdência privada voltada para o público infantil.

O mercado de previdência complementar vem registrando uma consistente recuperação em 2006. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp), o volume de novas contribuições, até maio deste ano, é 24,36% superior ao mesmo período de 2005, registrando um total de R$ 8,2 bilhões. Entre janeiro e maio de 2005, o volume de depósitos somou R$ 6,6 bilhões.

O maior volume desse total está concentrado nos planos individuais, com um volume de R$ 6,5 bilhões. Mas os planos para menores apresentam uma boa arrecadação representando 4% do total de contribuições. O crescimento registrado foi de 11,65% no volume de novas contribuições no acumulado até maio de 2006, quando a captação chegou a somar R$ 307,3 milhões. Até maio de 2005, os planos para menores captaram R$ 275,3 milhões. Considerando-se somente o mês de maio de 2006, a captação dos planos para menores cresceu 26,13% em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de R$ 56,3 milhões para R$ 71 milhões.

Diferentes instituições bancárias oferecem produtos voltados para os menores de idade, o por exemplo, possui o PreviJovem, um dos investimentos mais procurados pelos clientes na hora de investir no futuro dos filhos, segundo o diretor comercial nacional de previdência do banco, Lúcio Flávio Oliveira. `Essa tendência vem sendo percebida há pelo menos cinco anos`, afirma. Para Oliveira, a moeda estável é um dos motivos que tem levado os pais a procurarem esse tipo de investimento. `Hoje, o brasileiro tem condições de se planejar. Com isso, passa a existir uma cultura de investimento para o futuro`, continua o executivo.

Em um mundo cada vez mais competitivo, a grande preocupação dos pais atualmente é com a educação e a formação dos filhos, `oferecer um bom estudo pode resultar em melhores oportunidades no futuro`, afirma Oliveira. No caso da previdência privada muitos pais começam a poupar pensando no pagamento de uma boa faculdade, de um MBA, ou até mesmo em cursos no exterior. `Esse é um gasto certo, os filhos vão crescer e vão estudar, os pais não têm como fugir disso`, continua.

Pensando assim, os pais estão a procura de investimento de longo prazo e, segundo os analistas, a previdência é atualmente a melhor opção do mercado. `Trata-se de uma arrecadação de longo prazo que pode começar com um investimento inicial de R$ 50 por mês. No o pagamento mensal médio é de R$ 170. Esse valor pode aumentar conforme a capacidade de poupança do cliente, ou diminuir caso ele enfrente algumas dificuldades, mas não pode ser menos do que o valor mínimo estipulado pelo banco.` A receita do Vida e Previdência com planos para menores no acumulado de maio de 2005 a abril de 2006 foi de R$ 205,8 milhões.

`O importante é não deixar de contribuir. Mesmo que esteja passando por dificuldades, o investidor deve manter, pelo menos, a contribuição mínima por um período e quando puder retomar um valor maior`, diz Marco Barros, superintendente comercial para negócios pessoa física da Brasilprev, que possui o produto Brasilprev Júnior, que fechou o ano de 2005 com uma arrecadação acumulada de R$ 373,4 milhões o que significou um crescimento de 32,52% sobre o ano de 2004. Entre os meses de janeiro e abril deste ano, o produto arrecadou cerca de R$ 126,6 mil, ou seja, um aumento de 6,79% sobre o mesmo período do ano passado. O número de participantes no plano também apresentou uma performance considerada excelente, em 1998 era um número menor que 50 mil, hoje são mais de 530 mil participantes somente nesse produto. As vendas do plano são realizadas em parceria com o Banco do Brasil nas agências de todo País.

Numa simulação, iniciando a arrecadação logo após o nascimento do filho, com um aporte médio mensal de R$ 55 e com a provisão por volta dos 21 anos, a previsão de arrecadação total é de R$ 50.598,20. Já no caso de um aporte médio de R$ 109, com as mesmas características que a simulação anterior, o montante final será de cerca de R$ 100.626,55.

Com o `Júnior` tendo uma idade inicial de 5 anos, com um aporte mensal médio de R$ 204, ao término de 21 anos, o total acumulado será de R$ 100.388,51. Já, se no início do plano a criança estiver com 10 anos de idade, com um aporte mensal médio de R$ 208, aos 21 anos de idade, o volume total arrecadado será de R$ 50.318,08. (As simulações foram feitas em 29/06). [1]

Para fazer uma previdência privada para seu filho basta procurar o gerente de sua agência bancária. Procure tirar todas as dúvidas possíveis em relação aos tipos de planos e as vantagens e desvantagens das cobranças do Imposto de Renda. Esses são fatores que interferem diretamente na arrecadação final do seu plano.

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