Notícias | 14 de novembro de 2024 | Fonte: CQCS | Itana Oliveira

CQCS Insurtech & Inovação 2024 discute MGA como estratégia para ampliar alcance das seguradoras

No painel “MGA como modelo de ampliar possibilidades de proteção a novos riscos” no primeiro dia do CQCS Insurtech e Inovação 2024, Daniel Lamboy, CUO da Latú, Adriano Guatimosim, sócio do escritório de advocacia Mattos Filho, e Solon Barretto, vice-presidente comercial da Alba Seguradora, discutiram o impacto crescente das MGAs no setor de seguros, especialmente no que diz respeito à maior agilidade, inovação e regulação.

Daniel Lamboy destacou como os agentes de gestão de seguros têm a capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado, criando produtos novos e ajustados às necessidades específicas de cada nicho. Para Lamboy, “os MGAs conseguem lançar produtos mais rápidos, sem limitações das grandes seguradoras. Essa flexibilidade é crucial para cobrir riscos novos e específicos que muitas vezes são deixados de lado pelas seguradoras tradicionais.” Ele ressaltou também o papel desses modelos ao acessar riscos atendidos pelas seguradoras maiores, destacando que essa agilidade é o principal diferencial.

Adriano Guatimosim, por sua vez, trouxe à tona os desafios regulatórios relacionados aos MGAs, especialmente com a recente evolução da legislação do setor. O executivo explicou que, embora a nova lei de seguros traga uma menção à figura dos representantes de seguradoras, a regulamentação detalhada ainda está a cargo da Susep. “A nova lei de seguros não aprofunda no papel do MGA, mas estabelece que as seguradoras podem atuar por meio de representantes. O regulador, portanto, ainda precisa dar mais clareza a esse modelo”, afirmou. Adriano também apontou que o mercado está em fase de adaptação e que as seguradoras devem estar atentas às mudanças legais que estão por vir, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre proteção ao consumidor e flexibilidade operacional.

Solon Barretto complementou trazendo uma perspectiva prática sobre a implementação dos MGAs no mercado. Ele explicou a importância das recentes mudanças regulatórias para o setor, que permitiram aos representantes de seguradoras exercerem funções como a subscrição de riscos e regulação de sinistros. “A resolução 431 foi um avanço importante, pois deu aos MGAs maior autoridade operacional, permitindo que não apenas criem produtos, mas também lidem com a regulação de sinistros de forma mais eficiente.”

O papel dos MGAs é cada vez mais relevante em um cenário de inovação constante. No entanto, as seguradoras precisam equilibrar a liberdade operacional com a segurança jurídica e a conformidade com as normas da Susep. A palestra, que aconteceu no dia 12 de novembro, também ressaltou a importância de acompanhar de perto a evolução das normas e da regulação do setor, que ainda está se ajustando para acomodar plenamente os MGAs, e a necessidade de uma comunicação constante entre reguladores, seguradoras e os próprios representantes para garantir um ambiente de negócios seguro e sustentável.

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