Segundo informações da Record News, na última segunda-feira (5), um carro de luxo avaliado em mais de R$ 1 milhão ficou completamente destruído após um acidente em Campo Mourão, Paraná. O motorista perdeu o controle do veículo e colidiu contra uma árvore. Antes do acidente, vídeos divulgados nas redes sociais mostravam o condutor realizando manobras perigosas, conhecidas como ‘cavalos de pau’, em uma rua movimentada. Após a colisão, o veículo, um Corvette, foi abandonado no local. O CQCS entrevistou um especialista para detalhar as ações do seguro em casos semelhantes.
Para o advogado, Corretor de seguros, diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros no Distrito Federal (Sincor-DF) e delegado representante da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) junto à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Dorival Alves, o caso do Corvette em Campo Mourão (PR) é um exemplo claro dos riscos que um motorista pode enfrentar ao fugir do local de um acidente. “No presente caso, conforme informado pela imprensa, o condutor do veículo avaliado em mais de R$ 1 milhão estava participando de um racha. Se for comprovado que o motorista estava envolvido em uma atividade ilegal e que sua carteira está suspensa ou cassada, isso pode servir como subsídio para que a companhia seguradora negue a reclamação de indenização”, disse.
“Se o veículo acidentado não tiver seguro, resta aos proprietários dos bens danificados, e em caso de vítimas, seja de invalidez ou morte, que o motorista e o proprietário do veículo respondam de forma solidária por danos materiais ou corporais, conforme o entendimento do juiz ao sentenciar o caso”, alertou o especialista.
Diante de casos em que motoristas abandonam o local de um acidente, muitas dúvidas surgem sobre as consequências desse comportamento. O especialista, Dorival Alves destacou que a fuga não é uma prática comum e geralmente está associada ao medo de retaliação ou à tentativa de escapar de responsabilidades legais. Segundo Alves, ao contratar uma apólice de seguro, o segurado é orientado a entrar em contato com seu corretor ou com o serviço de assistência 24h da seguradora em caso de sinistro. “Isso é fundamental para registrar o evento e solicitar providências, como guincho, encaminhamento de pessoas machucadas a hospitais por meio de ambulâncias, e a remoção do veículo para uma oficina mecânica de confiança ou concessionária. Isso evita que o veículo seja depenado ou que terceiros provoquem a remoção indevida do veículo, o que poderia prejudicar a realização de uma perícia técnica”, disse.
Dorival destacou que, em alguns casos, motoristas tentam fugir do local para evitar multas por infrações que possam ter causado o acidente. “Além disso, essa evasão pode ocorrer para evitar que a prefeitura identifique o veículo causador do acidente e cobre a reposição do bem material danificado. Em caso de um acidente, não temos apenas o prejuízo do veículo acidentado, mas também devemos avaliar os danos causados a terceiros. Na contratação de uma apólice de seguro, é comum incluir a cobertura de RCF-V, que é a responsabilidade civil facultativa do veículo, tanto para danos materiais quanto para danos corporais”, observou.
Dorival Alves concluiu reforçando a importância do seguro. “A contratação de uma apólice com a orientação de um corretor de seguros não apenas esclarece os riscos cobertos, mas também ajuda a evitar situações que podem custar valores expressivos e possíveis condenações, seja por excesso de velocidade ou por danos corporais ou morte causados a terceiros”, finalizou.
Segundo informações da Record News, a polícia identificou o responsável e descobriu que ele possui a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde outubro de 2024 e uma ficha criminal com várias ocorrências. As autoridades seguem investigando as circunstâncias do acidente.