Os Clubes dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) e do Rio Janeiro (CCS-RJ) organizaram uma super live com a participação de entidades de ambos os estados para discutir dificuldades comuns e soluções para a categoria.
O mentor do CCS-SP, Evaldir Barboza de Paula, convidou outros dois Clubes, o de Osasco e Região (CCS-OR), presidido por Ednir Fornazzari, e o do litoral (CCS-Costa da Mata Atlântica), presidido por Paulo Sergio de Souza.
O presidente do CCS-RJ, Luiz Mário Rutowitsch, convidou Roberto Cabral Neto, diretor da Associação Estadual dos Corretores de Seguros (AECOR-RJ), que representa os profissionais da Baixada Fluminense, e o corretor Marcelo de Almeida Vianna Reid, que atua na região dos Lagos.
Eles conversaram sobre os desafios enfrentados nos respectivos mercados. O tema foi “Conexões – Experiências e Soluções”. Evaldir Barbosa fez perguntas aos corretores do Rio de Janeiro e Luiz Mário questionou os corretores paulistas.
Roberto Cabral destacou que na Baixada Fluminense os corretores têm enfrentado a concorrência das associações de proteção veicular. “Hoje, em termos de auto, temos 40 associações e eles estão expandindo vendendo vida e auxílio funeral. A grande dificuldade é que temos essa concorrência desleal das associações e cooperativas”, ressaltou.
Já Marcelo Almeida Vianna, que está em Macaé, região que tem economia ligada à indústria petroleira, disse ter as mesmas dificuldades da baixada fluminense. “Temos proliferação de algumas cooperativas trabalhando na região”, disse.
Ele ressaltou que na região, devido ao petróleo, as oportunidades para o corretor estão na comercialização de seguro de vida e saúde.
Luiz Mario Rutowitsch, presidente do CCS-RJ, perguntou para os colegas de São Paulo sobre a venda do seguro auto, vida e se há alguma variação de venda de produtos.
Paulo Sergio de Souza, presidente do Clube dos Corretores da Costa Mata Atlântica, disse que o seguro de vida ganhou destaque. “Aqui em Santos, no litoral paulista, fui convidado por um apresentador de um canal local para falar sobre seguro de vida. Aqui na região, muitas pessoas se interessaram por seguro de vida por conta da pandemia, é muito evidente o interesse das pessoas”, afirmou.
Ele disse que na região a atuação das associações de proteção veicular não afeta a atuação dos corretores. “Somos o profissional que estuda e conhece. Nossa consultoria faz a diferença. Temos que ficar atentos, mas o caminho é falarmos o quanto nossa consultoria é importante para que o cliente não vá para outro caminho”, pontuou.
Já Ednir Fornazzari ressaltou a decisão das seguradoras em atender o pagamento das apólices de seguro de vida por mortes em decorrência de covid. “De maneira grandiosa, as seguradoras entenderam o problema e atenderam nossa súplica”, pontuou.
Para ele, o seguro de automóvel sempre vai ser o carro-chefe do corretor de seguros. “Escuto há 41 anos que o seguro auto vai acabar. Gente, não vai, o brasileiro adora automóvel. Claro que o corretor tem que diversificar o portfólio, mas o seguro auto é o dia a dia do corretor”, analisou.
Os corretores falaram ainda sobre o atual cenário de trabalhar em home office. “Essa parte do home office encaro na maior tranquilidade. Todo mundo viu que o mundo parou. É possível prospectar, aumentar a produção com a internet a partir do home office. A tristeza é ficar isolado porque gostamos de estar juntos”, disse Paulo Sergio.
Marcelo Almeida disse que é preciso que as adaptações devem ser conforme a necessidade de cada região. “Sou a terceira geração da minha corretora. Tenho clientes muito antigos que exigem uma visita. A conexão de internet é ruim e já tivemos problema na transmissão de documentos, por exemplo”, alertou.
Ao comentar sobre lives, treinamentos e eventos digitais para os funcionários das corretoras, todos foram unânimes em dizer sobre a dificuldade em acompanhar, já que eles acontecem, na maior parte das vezes, no horário do trabalho.
Confira a live na íntegra: