A corretora Convenção, de propriedade do ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) Eduardo da Rocha Azevedo, foi vendida para o grupo inglês Tullet Prebon, um dos maiores do mundo em negociações de renda fixa e derivativos. A transação deve girar em torno de R$ 30,3 milhões, dependendo do desempenho da Convenção nos próximos meses.
– Diante do que se apresenta para o futuro, foi bom – disse, acrescentando que, “com a globalização das bolsas, vai ficar cada vez mais complicado. O nível de investimento em tecnologia que se deve fazer para competir com essas corretoras que estão vindo de fora é muito grande”. Ele estima que os investimentos em TI podem superar a casa dos US$ 100 milhões em 10 anos.
No final de 2008, o grupo inglês Icap comprou a Arkhe. Em meados do ano passado, o Citibank adquiriu a Intra Corretora. Ainda no segundo semestre de 2008, outro grupo britânico, o BGC, comprou a Corretora Liquidez.
Para Azevedo, outras corretoras devem seguir o mesmo caminho para que possam alcançar maior escala de operação.
– Há uma tendência de as corretoras se internacionalizarem depois da abertura de capital das bolsas.
O empresário frisou que no mundo todo as bolsas passaram a ser concorrentes das corretoras após abrirem o capital – e isso deverá ocorrer também no Brasil. “Antes, a bolsa investia nas corretoras, mas agora precisa apresentar resultados e, para isso, busca oferecer novos serviços e produtos”.