A advogada Ana Cristina Foucart, que está há vários anos em Londres – a maior parte do tempo atuando na colocação, no exterior, de riscos excedentes do mercado brasileiro – é uma das “armas” que a Cooper Gay conta para se destacar em um cenário de concorrência acirrada entre os grandes brokers, a reboque do processo de abertura no resseguro. O “reforço” em Londres contratado pela corretora de origem britânica tem, na ponta da língua, vários relatos de negociações com players internacionais, que exigiram dela esforço redobrado. No mês passado, ela passou uma semana visitando o mercado brasileiro entre seguradoras, corretoras e resseguradoras: “foi interessante rever os amigos, conhecer novas pessoas e mostrar nossa estratégia de trabalho junto à Cooper Gay do Brasil”.
Ela cita como exemplo de sua experiência com o Brasil projetos como a obra da Calha do Rio Tietê, em São Paulo: “na época o mercado local não quis participar do risco e foi preciso muito trabalho para colocar 100% no exterior”. Ana teve papel importante também na colocação em Londres de vários outros projetos complexos e de grande porte em siderurgia, hidrelétricas, termelétricas, metrôs e outros. Já na Cooper Gay, em Londres, Ana Foucart demonstrou mais uma vez seu expertize na colocação de 100% de um túnel submerso em rio, no México em área com riscos de catástrofes: “o importante é bater na porta certa, no momento certo, o que exige um pleno conhecimento do mercado internacional”, afirma a especialista, que aponta como fatores primordiais na negociação a nitidez e relevância na informação passada para o ressegurador e conhecimento da língua de origem do risco.
Ela revela que as atenções internacionais estão voltadas para o Brasil, não apenas pela iminente abertura no resseguro, mas também pelas novas oportunidades que surgem no país, no vácuo da estabilidade econômica, da possibilidade de consolidação do processo de crescimento sustentado e do anúncio de grandes projetos de infra-estrutura: “são previstas grandes obras para o Brasil , o que abre um amplo leque para o seguro e resseguro”, diz. Nesse contexto, o seguro e o resseguro podem funcionar até mesmo como avalizadores do compromisso assumido pelo Brasil na indispensável captação de recursos estrangeiros: “os financiamentos estrangeiros, em geral, exigem a contratação de seguro com mercados estáveis e liquidez”, observa a especialista.
Em março, Ana Cristina Foucart esteve em Londres com vários profissionais brasileiros que foram convidados a participar de evento internacional junto a Fenaseg. Além disso, tem conversado com as empresas resseguradoras na Europa sobre suas estratégias para o Brasil: “as vantagens e o atrativo do mercado brasileiro são inúmeras, a começar pelo fato de não haver registros de catástrofes naturais no país e de a abertura do resseguro. A Cooper Gay já está colhendo os frutos de seu investimento e da visita da Ana Cristina Fourcart ao Brasil, participando de concorrências de grandes projetos que começam a sair do papel.