Notícias | 11 de janeiro de 2004 | Fonte: CQCS

Corretor quer comissão mínima para evitar desvalorização profissional

Parte significativa dos corretores de seguros que aderem ao movimento organizado pelo CQCS, que pretende pôr na ordem do dia a discussão em torno da comissão mínima ou referencial, está preocupada principalmente com a desvalorização profissional. É o caso do corretor Roberto Castejón Provinciali, de Belo Horizonte, que propôs no link disponibilizado em nosso site um percentual de 20% de comissão mínima: “eu ia sugerir 15%, mas o percentual de 20% dá mais estabilidade ao pequeno corretor e torna mais produtiva a concorrência. O peso maior para ganhar a confiança do cliente deve ser a honestidade, o compromisso, sermos atenciosos, prestadores de serviço no lugar certo e na hora certa”, argumenta.
Ele assinala que é um grande engano achar que a redução do comissionamento garante a fidelidade do cliente, pois, em geral, no ano seguinte, o consumidor vai estar cotando o seu risco junto a outros “cinco corretores e oito seguradoras”.
Para Roberto Provinciali, é importante ter em mente que a comissão é o salário do corretor, variando de acordo com os ramos de seguro critérios das seguradoras, embora nem sempre haja equiparação entre a remuneração da pessoa física e da jurídica: “aliás, pobre do autônomo. Competir com as grandes corretoras é pagar para trabalhar ou trabalhar de graça ou trocar figurinhas”, comenta.
Ele lembra ainda que o corretor recebe a comissão à vista quando “fecha” o seguro em quatro parcelas. Mas, a partir de cinco parcelas, só recebe a prazo,
quando o segurado quita todas as prestações. Isso quando não há cancelamento por falta de pagamento.
Além disso, critica o fato de o corretor “pagar pelo sinistro” ocorrido dentro da sua carteira, principalmente de automóvel: “somos penalizados pelas seguradoras quando nosso cliente bate com o carro e é constatada a perda total. Com isso, perdemos o direito a descontos nos perfis e à comissão”, desabafa o corretor.
Outro problema apontado por Roberto Provinciali é que, em algumas seguradoras, se o corretor não consegue manter uma boa produção, seu cadastro é suspenso: “mas, como manter uma boa carteira se você não tem uma condição tão boa quanto os outros – descontos, comissões, aceitação de risco, etc.?”, questiona, alertando ainda que, diante desse quadro, muitos corretores agregam pessoas que não tem nenhuma formação de seguro, para venderem seguros em seu nome, colocando em risco a sua reputação e credibilidade.

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