O corretor de seguros pode se cadastrar gratuitamente no site do “Pátio Legal”, para ter acesso a serviços que o ajudarão no seu relacionamento com os clientes e até mesmo na prospecção de novos negócios. O cadastro deve ser feito diretamente no “Portal do Corretor”, que fica no endereço www.patiolegal.com.br.
Nesse site é possível cadastrar informações do veículo roubado ou furtado do cliente ou de qualquer outra pessoa que, satisfeita com a ajuda, pode vir a ser um futuro segurado. O corretor é informado imediatamente quando há a recuperação do veículo. O proprietário tem, então, um prazo de três dias úteis para retirar – sem pagar diárias – o carro do “Pátio Legal”, que tem depósitos no Rio de Janeiro e em Búzios.
O sistema, por enquanto, disponível apenas no Rio de Janeiro. Mas, o administrador do Pátio, Julio Avellar, garante que esse projeto deve ser levado, em breve, para outros estados, levando benefícios para mais corretores e consumidores.
O pátio surgiu em 2005, através de um convênio firmado entre o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, a Fenaseg (atual CNSeg), a Secretaria de Segurança Pública e o Detran.
No início desta semana, Júlio Avellar visitou a diretoria do Sincor-RJ para explicar a importância do projeto, inclusive para os corretores. Segundo ele, o “Pátio Legal” vem contribuindo, inclusive, para a queda da sinistralidade no Rio de Janeiro. “O Rio não é mais o estado com o seguro de automóveis mais caro do Brasil. Além disso, o índice de recuperação de veículos no estado já chega a 50%, dentro da média nacional. Em São Paulo, por exemplo, esse percentual ainda está em 35%”, frisou Avellar.
Ele acrescentou que quase todos os veículos são retirados sem qualquer custo para o proprietário: “De 2005, quando o pátio foi criado, até hoje, já foram devolvidos 75 mil veículos. Desse total, 99% são retirados antes do final do prazo de três dias úteis”, revela Avellar.
Outro ponto importante é que qualquer veículo pode ser cadastrado, seja segurado ou não.
O Pátio é mantido basicamente com recursos liberados pelas seguradoras que atuam no ramo de automóvel, que contribuem com 80%; leilões (15%); e pagamento de diárias (5%).
O sistema funciona da seguinte forma: ao localizar um carro roubado ou furtado, o policial entra em contato com o “Pátio Legal”, que manda um reboque ao local, com a missão de vistoriar o veículo e expedir a guia de recolhimento. O policial assina a guia e o automóvel é recolhido.
Nos depósitos do “Pátio Legal”, o veículo passa por nova vistoria e, em seguida, a representação da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) instalada no local lavra o boletim de ocorrência. Após o recebimento do veículo, o proprietário é notificado. Se o carro não for retirado em três dias úteis, é cobrada diária. Depois de 90 dias, os automóveis que estiverem em situação irregular são levados a leilão público.