Notícias | 9 de fevereiro de 2004 | Fonte: Jornal do Commercio

Corretor aposta nos planos de vida

Pesquisa realizada pela Sul América com dois mil corretores de seguros em todo País aponta que a categoria está bastante otimista com os rumos da economia e do mercado de seguros. Para eles, o crescimento econômico, o controle da inflação e a redução gradativa da taxa de juro Selic serão combustíveis suficientes para incrementar as vendas de seguros.

Segundo a pesquisa, os corretores acreditam ainda que haverá mais profissionais trabalhando com seguros este ano do que em 2003.

A maioria dos entrevistados acredita que os corretores podem buscar consumidores que, até agora, estão fora do setor. Um exemplo de filão que pode inserir diversas pessoas no mercado de seguros é o segmento de produtos populares.

O seguro de vida e os planos de previdência privada foram apontados como os segmentos que apresentarão maior crescimento ao longo do ano. No entanto, a pesquisa, que contou com apoio da RC Consultores, demonstra que 79% dos corretores atuam apenas com seguro de automóvel. ?Isso demonstra que ainda há muitos mercados a serem explorados?, afirma o vice-presidente de Planejamento e Marketing da Sul América, João Régis Ricardo dos Santos, responsável pela coordenação do trabalho.

Os corretores prevêem ainda que a inflação oficial (medida pelo IPCA) será de 7,6%, os juros nominais (Selic) fecharão o ano com 16,8% em média, e o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,9%. A cotação do dólar, para os profissionais que participaram da pesquisa, fechará o ano no patamar de R$ 3,27.

As respostas a um questionário foram enviadas em dezembro por meio do Núcleo de Atendimento ao Corretor On-Line (NAC-On-Line), um canal de contato direto da seguradora com o corretor pela Internet. Do total de corretores entrevistados, 79% operam no ramo de veículos; 5% com seguro-saúde; 5% com planos de aposentadoria complementar; 4% no ramo vida e 6,5% com riscos industriais e comerciais.

Fenacor quer incentivar meio eletrônico

A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) vem estabelecendo contatos com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico com o objetivo de definir uma estratégia que incentive o corretor a vender de seguros na Internet.

Especialmente para o corretor que já está presente na grande rede de computadores, a hora é de transição, deixar de ser apenas receptivo, função que deve continuar exercendo, para assumir um papel mais ativo, de realização de negócios defende o diretor de Marketing da Fenacor, Elizeu Augusto de Oliveira.

Segundo ele, algumas seguradoras apostam em tecnologia de ponta para a venda eletrônica de seus produtos, sem que haja uma participação mais ativa das partes interessadas nesse ambiente de relacionamento virtual. Ele lembra ainda que muitos sites indicam, por meio de link, seguradoras, oferecendo uma venda direta sem que haja um controle efetivo sobre as suas remunerações.

Elizeu de Oliveira assinala que é preciso combinar o desenvolvimento de produtos e serviços diferenciados ou massificados com a propaganda e a prospecção. O site deve ter uma roupagem adequada para receber os visitantes que querem comprar seguro. O produto seguro precisa estar lá, disponível, receita.

Muito além de exibir a marca de seguradoras ao consumidor na Internet, ele diz que é preciso contatar diretamente os segurados, vender para eles on-line e ampará-los, tratando a Internet como ambiente perfeito para desenvolver negócios a custos baixíssimos. É preciso inverter o jogo a nosso favor e assumir nossa função no mercado também eletrônico, sustenta Elizeu de Oliveira.

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