Uns a favor, outros contra. A possível compra da participação do Governo no IRB Brasil Re pelo Banco do Brasil já está gerando polêmica no mercado. O interesse anunciado nesta quinta-feira, através de fato relevante encaminhado pela diretoria do banco para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mexeu com o setor e pegou a todos de surpresa.
Segundo o comunicado feito pelo Banco do Brasil, são muito boas as chances de o negócio ser efetivado, pois a União Federal, através do Ministério da Fazenda, já aceitou “iniciar tratativas visando à aquisição de participação acionária na resseguradora”.
A notícia foi comemorado pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Corretoras de Resseguro (Abecor), Carlos Alberto Protasio. Na visão dele, a compra da fatia do Governo pelo Banco do Brasil será bastante positiva para o mercado. “O IRB pode ter, com essa aquisição, uma atuação mais independente a partir dessa negociação. É excelente, fantástico”, afirmou Carlos Alberto Protasio, que participava de um evento em Foz de Iguaçu (PR), nesta quinta-feira, quando soube pela imprensa da negociação. Tanto ele quanto outras lideranças do mercado presentes nesse evento, inclusive os presidentes da CNSeg, João Elisio Ferraz de Campos e da J. Malucelli, João Possiede, foram surpreendidos pela informação.
Já o presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão, se disse preocupado com essa negociação. “O Banco do Brasil, com o controle do IRB, ficará dos dois lados do balcão, atuando como segurador e ressegurador. E como ficará a reserva das informações de todo o mercado nacional que tem negócios com o IRB?”, questionou.