De acordo com a Pesquisa de Tendências de Negócios da Accenture, entrevistados de empresas que possuem algum tipo de estratégia em torno do metaverso acreditam que, nos próximos três anos, 4,2% de suas receitas virão de novos produtos, serviços ou modelos de negócios relacionados ao metaverso . Isso representa um valor de US$ 1 trilhão globalmente.
A Accenture vê o metaverso como um continuum de tecnologias convergentes, como inteligência artificial (IA), realidade aumentada e virtual (AR/VR), blockchain, internet das coisas (IoT), nuvem, moedas digitais, tokens não fungíveis (NFTs), plataformas sociais, comércio eletrônico e mercados digitais. O que isso significa para as seguradoras de vida depende da combinação de tecnologias e de como elas podem ser usadas para agregar valor aos clientes, funcionários e partes interessadas.
Para seguradoras de vida, essas tecnologias podem afetar a forma como protegemos e subscrevemos riscos. Podemos ver uma nova geração de tecnologias de seguro — “insurtech 2.0” — que pode alavancar essas tecnologias novas e emergentes não apenas para melhorar a avaliação de risco, mas também para simplificar os processos de seguro de vida em toda a cadeia de valor. Portanto, em vez de se concentrar apenas nas eficiências de front ou back-office, que podem fornecer melhorias incrementais, as seguradoras podem aplicar essas tecnologias usando uma estratégia digital holística para um valor de 360 graus.
É encorajador ver que mais seguradoras estão atualizando seus principais sistemas de processamento de seguros para acelerar a transformação digital, um movimento que pode posicioná-los para o sucesso no metaverso. Eles estão ampliando o valor desses sistemas usando a interface de programação de aplicativos (APIs) — geralmente pré-integrados ao sistema principal de registro — para habilitar rapidamente recursos adicionais de front-office e back-office de fornecedores terceirizados. Normalmente, a automação é integrada para acelerar ainda mais os processos digitais, como subscrição e sinistros.
À medida que as tecnologias de metaverso amadurecem, as seguradoras podem ter um potencial ainda maior para interagir com clientes e funcionários de maneiras aprimoradas e diferenciadas. Imagine uma experiência de compra inspirada no metaverso que combina o mundo físico de uma agência de seguros com um mundo virtual para ajudar os consumidores a obter e atender digitalmente uma apólice. Esta é uma boa notícia para os consumidores que, no mínimo, esperam que os agentes saibam quem são e seu histórico de compras; e esperar uma resposta mais rápida às suas necessidades em constante mudança.
Embora algumas seguradoras esperem um clima econômico mais difícil pela frente, elas percebem que o investimento em tecnologia pode fortalecer a lucratividade e, ao mesmo tempo, agregar valor estratégico de longo prazo. Personalização, emissão mais rápida de apólices e conectividade com plataformas de terceiros em gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e saúde e bem-estar são apenas algumas maneiras pelas quais as seguradoras podem aplicar a tecnologia para simplificar a experiência do cliente. Por exemplo, desbloquear dados isolados de sistemas legados permite que as seguradoras obtenham mais valor dos dados que já possuem. Além disso, a criação de interoperabilidade entre as funções voltadas para o cliente ajuda a simplificar as vendas e os serviços, agregando mais conveniência para funcionários e consumidores.
O investimento em tecnologia é fundamental para competir por – e manter – futuros clientes de seguro de vida em um mundo que se tornará cada vez mais dependente de tecnologias de metaverso.
Sim, o termo metaverso pode ser amplamente utilizado, no entanto, quando você considera as tecnologias que sustentam o metaverso, rapidamente começa a ver seu potencial para interromper e acelerar a inovação em nosso setor.