Notícias | 1 de agosto de 2022 | Fonte: Exame

Como funciona o seguro residencial? Reunimos dicas para quem quer contratá-lo

Produto custa menos do que você imagina e oferece, gratuitamente, serviços úteis no dia a dia; saiba como fugir de armadilhas

Ninguém, em sã consciência, compra um carro hoje em dia no Brasil e não se preocupa em fazer uma apólice de seguro para ele. É uma preocupação bem diferente da que envolve as apólices residenciais. Estima-se que só 15% das casas brasileiras, acredite, estão seguradas. 

E olhe que o país, embora esteja a salvo de terremotos e furacões, é campeão em quedas de raios e concentra regiões que são constantemente atingidas por vendavais. Mas a procura por esse tipo de produto está crescendo. Pelas contas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), as vendas aumentaram 12,8% em 2021. 

Uma possível explicação é a pandemia, que obrigou todo mundo a conviver com a própria casa com intensidade inédita. Daí a crescente necessidade dos mais variados tipos de consertos que, até a chegada da quarentena, pareciam dispensáveis ou adiáveis.

E o que isso tem a ver com os seguros residenciais? Ora, além de proteger contra incêndios, raios e explosões, acidentes naturais, quebra de vidro, danos elétricos e a terceiros, eles também oferecem serviços como reparo hidráulico, conserto de eletrodomésticos, instalação de aparelhos eletrônicos e até a mudança de mobiliário. 

“O seguro residencial cresceu porque a casa das pessoas passou a ser o único ambiente da família e também o local de trabalho e de educar os filhos”, declarou Antonio Carlos da Costa, que preside o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (SindSeg RJ/ES) 

O problema é que a maioria das pessoas supõe que as apólices residenciais são impraticáveis. Em média, porém, elas custam R$ 350 por ano. Se você precisar chamar o chaveiro duas vezes por ano, poderá gastar mais do que isso — as apólices residenciais costumam cobrir esse tipo de serviço. 

Segurar um carro popular, por outro lado, pode sair por uns R$ 2.00o, dependendo do modelo, do perfil do proprietário e da região em que ele mora. Em média, o valor do seguro em relação ao valor do imóvel oscila entre 0,2% e 0,6%. 

Para segurar um apartamento na região da Pompéia, em São Paulo, por exemplo, a Porto Seguro cobra R$ 307,80 à vista (ou 12 parcelas de R$ 31). Inclui cobertura de incêndio e vendaval, subtração de bens e danos elétricos, entre outras. 

E ainda oferece, gratuitamente, serviço de vidraceiro, encanador, caçamba, reparos em geladeira, frigobar e máquina de lavar roupa e por aí vai. Inclui até hospedagem de animais domésticos e cuidador de crianças e idosos. 

Convém atentar, no entanto, para os limites impostos a cada tipo de cobertura. No caso de incêndio, por exemplo, ela está limitada a R$ 280.000, no caso da Porto Seguro. 

Para o mesmo imóvel, a BB Seguros oferece apólices anuais que variam de R$ 299,76 (R$ 24,98 por mês) a R$ 980,40 (R$ 81,70 por mês). A mais em conta inclui cobertura de incêndio, queda de raio, explosão, fumaça, vendaval, furacão, tornado, ciclone, granizo e danos elétricos e motivados por água. Mais: protege de queda de aeronave e de impacto de veículos terrestres. 

A apólice mais cara prevê outros incidentes como roubo ou furto de bens mediante arrombamento e quebra de vidros. 

O plano mais em conta da BB Seguros dá direito a serviços de chaveiro, eletricista, encanador, de desentupimento e até de cobertura provisória de telhado. Dedetização, desratização e descupinização são alguns dos extras oferecidos pelo plano mais caro da seguradora. 

Convém esclarecer que seguro residencial não é sinônimo de seguro habitacional. Atrelado aos financiamentos, este cresceu 12,8% em 2021 e arrecadou R$ 5 bilhões. 

Para fugir das armadilhas na hora de contratar um seguro residencial, convém ler o contrato com atenção. 

“Nem todos os bens são contemplados pelo seguro de danos ao patrimônio”, alerta a cartilha sobre o assunto da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). “Obras de arte, jóias, coleções ou raridades necessitam de um seguro específico. Alguns acidentes naturais, como tremores de terra e maremotos, também precisam de coberturas adicionais.” 

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