Notícias | 30 de agosto de 2004 | Fonte: Seguros em Dia

Comércio eletrônico é a regra no setor de seguros

A história é fantástica e vem sendo divulgada pela Internet como verdadeira. Em meados do ano passado, o eBay, tido como o maior site de leilões na Internet, pôs à venda algo catalogado como “estranho e totalmente bizarro”. Na descrição do “produto”, o vendedor mencionou que estava comercializando “nada”. E acrescentou, para não deixar dúvidas: “estou, legitimamente, vendendo nada”.

Incrível, não? Mas, a história não acaba aí. Iniciado o leilão, com preço zero, foram surgindo propostas até que um tal “Sherpa159”, morador de Nova Iorque, apresentou o lance vencedor: US$ 14,50. Ele pagou e, lógico, nada recebeu, nem reclamou.

Bem, essa introdução visa a preparar o terreno para chegarmos ao seguinte ponto: você contrataria uma apólice de seguro por meio eletrônico, mesmo sem a garantia de ver e analisar algo físico, palpável? Um quase nada?

Pois, fique sabendo que, contrariando todas as previsões iniciais, no Brasil, atualmente, a maioria dos contratos de seguros já são firmados pela Grande Rede. Não diretamente pelo consumidor, mas pelo Corretor de Seguros, o seu legítimo representante. E obedecendo a critérios especiais: nesse caso, não há espaço para sites de leilão ou similares. Predomina o B2B, ou seja, o negócio diretamente acertado entre o Corretor de Seguros e a seguradora.

Esse cenário, tido como improvável até pouco tempo, é fruto do que costumo chamar de IGA, ou Internet Goela Abaixo. A fórmula, já adotada por muitas seguradoras, é simples: a empresa não aceita a proposta no papel, obrigando o Corretor de Seguros a utilizar a Internet. Algumas companhias até oferecem incentivo financeiro para o profissional que segue a “regra” e faz a transmissão da proposta por meio eletrônico.

Ninguém mais pode fugir do comércio eletrônico. Lembro que recentemente os jornais publicaram o resultado de uma licitação aberta pela General Eletric, na Internet, para a compra de porcas e parafusos. Venceram a disputa fornecedores de Taiwan (porcas) e do Brasil (parafusos).

O setor de seguros já faz isso há algum tempo. Forçado ou não pelas seguradoras, o Corretor de Seguros já se acostumou a acessar a Rede e fazer uma espécie de licitação, apurando qual a companhia tem as melhores condições, em termos de coberturas e preços, para atender às necessidades do seu cliente. Não é nada, não é nada, ganha-se tempo e dinheiro.

Portanto, aqueles que não acreditavam no seguro sendo comercializado pela rede, o que dizem desse cenário? Para ratificar ainda mais esta prática, esta vindo a certificação digital, aguardem!

*Paulo Thomaz é Corretor de Seguros e Diretor da FENACOR – Federação Nacional dos Corretores de Seguros.

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