A análise de sinistros está prestes a dar um salto de precisão, com a inteligência artificial ganhando protagonismo no processo. Através do uso de dados em larga escala e tecnologia avançada, as seguradoras terão cada vez mais condições de tomar decisões rápidas e bem fundamentadas.
O Artigo 16 da Lei Nº 15.040, de 9 de dezembro de 2024, estabelece que: “Sobrevindo o sinistro, a seguradora somente poderá recusar-se a indenizar caso prove o nexo causal entre o relevante agravamento do risco e o sinistro caracterizado”. De acordo com Pedro de Paula, fundador e CEO da Carbigdata, a nova legislação – conhecida como novo Marco Legal dos Seguros – muda o padrão de exigência para as seguradoras.
“Antes, a negativa de um sinistro podia ser mais subjetiva; hoje, a regra é clara: é preciso comprovar o motivo, apresentar evidências concretas. Vejo que isso representa um desafio grande, mas também uma chance de atuar de forma mais precisa contra fraudes”, explica o executivo.
E a Carbigdata surge como aliada para garantir que a análise e a decisão sobre o pagamento do sinistro sejam mais assertivas e fundamentadas. A empresa oferece inteligência de dados que permite às seguradoras comprovar o deferimento ou indeferimento, a partir da quebra de perfil ou até mesmo de divergências relevantes de localização. A tecnologia reduz drasticamente o tempo e o custo das análises de sinistro, trazendo mais assertividade ao processo.
“Ter informações sobre mais de 80% da frota circulante no Brasil nos dá uma capacidade única”, destaca De Paula. “Quando um veículo é roubado ou furtado, cada segundo conta. É justamente essa amplitude da nossa base que permite gerar insights e informações cruciais muito rapidamente, agilizando drasticamente a tomada de decisão para iniciar o processo de recuperação”, acrescenta.
IA e Big Data
Cada vez mais presentes nas empresas do mercado de seguros, a inteligência artificial e o Big Data estão impactando diretamente a otimização dos processos. Segundo o CEO da Carbigdata, a empresa usa essas tecnologias não só para cruzar dados, mas para gerar inteligência prática. “Por exemplo, conseguimos validar rapidamente o histórico de um proponente na contratação ou identificar conexões suspeitas entre sinistros que antes passariam despercebidas”, explica o executivo. Isso resulta em mais agilidade e redução de fraudes.
Atualmente, a Carbigdata consegue analisar o padrão real de circulação do veículo ou identificar se ele tem um uso comercial, facilitando o processo de precificação e a vistoria. “Acabamos com aquela necessidade de pedir um monte de fotos ao cliente, tornando o processo super rápido e sem atrito para ele, ao mesmo tempo que damos mais segurança para a seguradora validar o estado real do veículo antes de emitir a apólice”, destaca.