O modelo brasileiro de capitalização rumo à internacionalização. Em entrevista ao SeguroPod, o podcast da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o presidente da FenaCap, Denis Moraes, revelou que Colômbia, México e Chile demonstram interesse no sistema. Para ele, a robustez do setor no país tem ajudado na consolidação.
De janeiro a novembro de 2024, o setor de capitalização pagou R$ 24,11 bilhões em resgates e sorteios, um aumento de 7,4% em relação a 2023, segundo a Susep e a FenaCap. A arrecadação também cresceu 6,2%, atingindo R$ 29,07 bilhões, contribuindo para o PIB e impulsionando o consumo na economia brasileira. Além disso, as reservas técnicas do segmento já ultrapassam R$ 40 bilhões em setembro do ano passado.
Em vários países, os títulos de capitalização são reconhecidos como ferramentas para estimular a disciplina financeira, fomentar a poupança, viabilizar doações filantrópicas e facilitar a locação de imóveis sem a necessidade de um fiador.
Além das expectativas geradas pela expansão do projeto de internacionalização, o setor também observa outras iniciativas promissoras. Segundo Moraes, para 2025, espera-se consolidar o progresso nas licitações públicas, um segmento que deve desempenhar um papel significativo no crescimento do setor.
“Continuaremos crescendo e fortalecendo nosso papel dentro das garantias, abrangendo não apenas crédito, mas também garantias colaterais e judiciais. Além disso, temos uma pauta muito interessante na modalidade de garantia e, tanto no incentivo popular quanto no modelo tradicional, conseguiremos trazer novos produtos”, destacou.