Notícias | 6 de junho de 2025 | Fonte: CQCS

CNP Assurances reforça compromisso com impacto social, com foco estratégico no Brasil

Nossa estratégia é de crescimento, baseada no modelo B2B2C — ou seja, atuamos com parceiros, principalmente bancos. Desenvolvemos essa abordagem com a Caixa no Brasil, com o grupo BPCE na França, e com o UniCredit na Itália. A afirmação foi feita pela presidente da CNP Assurances, Marie-Aude Thépaut, em entrevista para a imprensa, realizada em Paris, nesta quarta-feira (04). Segundo ela, o grupo agora atua também com novos parceiros — como empresas de energia e varejo — sempre por meio de canais indiretos. “Não vendemos diretamente ao cliente final, e esse é um dos nossos diferenciais”, frisou.

A executiva acrescentou que, além do crescimento, o que realmente define a identidade do grupo é o seu DNA.

Nesse contexto, o fato de a CNP fazer parte do polo financeiro público reforça o compromisso em garantir proteção ao maior número de pessoas. “Acreditamos em nosso papel como seguradora responsável, com produtos acessíveis a todas as populações, inclusive as mais vulneráveis”, pontuou.

Marie-Aude Thépaut salientou ainda que um exemplo disso foi a iniciativa adotada recentemente no seguro prestamista, emque a companhia passou a oferecer cobertura imediata, e com o mesmo preço, para pessoas que terminaram o tratamento de câncer de mama — algo que, em geral, exige uma espera de cinco anos na França.

Isso foi ampliado também para o câncer de próstata e o testicular, configurando-se como “ações concretas que refletem nosso propósito”.

Em termos de responsabilidade social (ESG), a CNP está igualmente muito engajada.

No Brasil, o grupo tem uma linha completa de produtos voltados para pessoas vulneráveis, especialmente por meio da parceria com os Correios, tido pela executiva como um canal essencial para alcançar uma grande parcela da população. “Nossa meta é proteger um milhão de pessoas com esses produtos até o fim deste ano”, projetou, salientando que esse compromisso é parte do que diferencia o grupo e atrai parceiros. “Para nós, não se trata apenas de discurso — nossas ações falam por si, e isso também gera orgulho interno”, asseverou.

Além de atuar como seguradora responsável, a CNP é também um investidor responsável, com mais de 400 bilhões de euros em ativos sob sua gestão.

O grupo mantém vigilância constante sobre critérios ESG em seus investimentos e busca ativamente aumentar a participação de ativos que seguem esses critérios. Hoje, já são 30 bilhões de euros em investimentos alinhados ao ESG.

Esse engajamento tem sido reconhecido pelas agências de rating: a CNP recebeu a nota AAA — a mais alta — pela MSCI, uma agência internacional de avaliação ESG.

Também é a seguradora francesa com melhor desempenho no ranking ESG da Sustainability e tem pontuação máxima (100) no índice de igualdade de gênero. “Tudo isso mostra nossa singularidade e nosso compromisso com um mercado mais justo e sustentável”, comemorou a executiva.

PROJEÇÃO

Já o diretor da Unidade de Negócios do grupo na América Latina, Maximiliano Villanueva, lembrou que o foco no Brasil se justifica pelo fato de o país representar quase 45% do mercado de seguro da América Latina ser a maio economia da região. “Entramos na Argentina nos anos 90 e, no início dos anos 2000, chegamos ao Brasil em uma parceria com a Caixa Econômica Federal. A gente estrategicamente não fez questão de mostrar muito o nome CNP, porque a marca Caixa já fala tudo”, assinalou.

Segundo ele, em 2024, o faturamento chegou a R$ 36 bilhões e o resultado líquido, juntando todas as empresas, atingiu R$ 3,6 bilhões. “Entre as empresas francesas que estão no Brasil, a CNP figura como primeiro ou segundo maior resultado. Para um nome que não é muito conhecido no mercado, como a CNP, realmente os números são bem importantes”, comentou.

Villanueva informou ainda que o grupo tem R$ 200 bilhões de ativos sobre gestão no Brasil e, contando a Argentina e o Brasil, conta com 1.800 colaboradores.

O Brasil é visto pelo grupo como “prioridade”, por oferecer as melhores e maiores oportunidades. “Tem muita coisa para fazer ainda com o nosso modelo multiparceria. Temos uma ambição de entrar em outro país de América Latina que estamos avaliando”, revelou.

A partir de 2026, o grupo será “mais ambicioso”, com aumento dos investimentos “verdes” e produtos inclusivos. “Hoje, temos entre 12 e 14 produtos de microsseguros na Argentina e no Brasil, com quase 750 mil clientes. O objetivo é chegar a 1 milhão de clientes até fim de 2025”, ressaltou.

Há ainda investimentos no projeto Amazônia, que vai além de “plantar árvore”, buscando também ajudar as comunidades locais.

Há ainda o programa “Meu Caminho”, voltado para adolescentes entre 14 e 18 anos de Brasília.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN