Notícias | 23 de fevereiro de 2010 | Fonte: Brasil Econômico

Citi busca integração e muda estratégia da área de seguros

Diferente de outros bancos, a instituição tem uma corretora, e não uma seguradora. Meta é dobrar as receitas do negócio.

O Citigroup acaba de fazer uma reestruturação interna em sua área de seguros, integrando a corretora de seguros com a unidade de varejo do banco.

“A área de seguros deixou de atuar de forma segregada, como era no passado, para entrar na estratégia de negócios, ganhando relevância”, afirma Max Basile, superintendente de Produtos Pessoa Física e da Corretora de Seguros do Citigroup.

Hoje a área de seguros responde por 10% da receita do varejo do banco. A meta para este ano é dobrar o volume da receita do corretora. Segundo Basile, a base de clientes é muito pouco coberta por seguros.

A estrutura do Citi para seguros é diferente da maioria dos outros grandes bancos para a área de varejo. O segmento não atua como seguradora, que cria os produtos e os distribuem por meio de diferentes canais, mas como corretora de seguros para o banco.

Dessa forma, o banco utiliza produtos criados por seguradoras especializadas em cada segmento, preparados sob medida para o Citi, e os distribuem por meio do balcão e das agências da Credicard.

“Temos parcerias globais com as principias seguradoras do mundo e cada uma desenvolve produtos para um ramo diferente”, diz Basile.

A Metlife, a maior seguradora do ramo de vida dos Estados Unidos, é responsável pelos produtos de vida. Veículos é dividido por Chubb, Porto Seguro e Indiana. Residência fica com Tokio Marine e seguros de perda e roubo e de desemprego ficam com a Ace.

O banco está fazendo uma rodada de negociações com esses parceiros, para garantir bons produtos e melhores preços.

“As parcerias são sempre orientadas para oferecer melhores produtos para os clientes, por isso escolhemos a seguradora mais bem posicionada no segmento, para buscar diferenciação”, afirma Basile.

“O nosso negócio não é seguro, o nosso negócio é banco, por isso usamos esse modelo. Mas são negócios que têm sinergias”.

Crescimento

Para pessoa jurídica o Citi tem produtos de patrimônio e vida em grupo. “É um público pouco demandante, por isso vemos um espaço grande para crescer”, diz o superintendente.

Segundo ele, a maior parte do negócio de seguros é de pessoa física, mas há boas oportunidades em pequenas e médias empresas. “É um segmento que passou a ser um dos focos de crescimento do banco no Brasil”.

Os produtos de seguro aumentam a fidelização e o relacionamento com o cliente, o que está dentro da estratégia do Citi de ser um banco de relacionamento, que atenda todas as necessidades de clientes premium (com renda mensal superior a R$ 4 mil), o público-alvo do banco.

“O seguro é uma ferramenta importante para aumentar o relacionamento com o cliente, daí a posição estratégica do seguro”. 

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