Notícias | 10 de fevereiro de 2004 | Fonte: Gazeta Mercantil

Carteiras captam R$ 15 bilhões

Aplicações foram recordes em janeiro; renda fixa recebeu R$ 9 bilhões. Os fundos de investimento tiveram captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 14,997 bilhões em janeiro, um volume recorde e 13,5% superior aos R$ 13,2 bilhões captados nos dois primeiros meses de 2003. Com isso, o patrimônio líquido do setor subiu para R$ 517,074 bilhões, contra R$ 495,6 bilhões registrados no final de 2003, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Nos últimos 12 meses, o setor de fundos acumula captação de R$ 67,561 bilhões de recursos.

A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter os juros em 16,5% ao ano ainda não mexeu com o humor do investidor. Em janeiro, as carteiras de renda fixa mantiveram a liderança isolada, com entradas de R$ 9,63 bilhões.Após um período de perda de terreno em 2003, as carteiras atreladas ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e de curto prazo captaram R$ 2,570 bilhões em janeiro, seguidas pelas carteiras mistas (ou multimercados), que apresentaram fluxo positivo de R$ 1,497 bilhão.

O administrador de investimentos Fábio Colombo acredita que os fundos DI continuarão atrativos, proporcionando juro real bruto em torno de 7% e 10% ao ano (e líquido de 4,5% a 7%), dependendo do conservadorismo da política econômica do Governo. Para o analista, as aplicações em fundos de renda fixa, apesar de ter apresentado o maior volume de entradas, são arriscadas. “O espaço para possível ganho em relação aos DIs é muito pequeno e irá depender da previsão do mercado dos juros futuros e da atual política diária implementada pelo Banco Central”, diz ao lembrar que em 2003 a renda fixa perdeu para os fundos DI, apesar da queda acentuada na taxa básica de juros nos últimos seis meses do ano.

Os fundos de previdência aparecem em quarto lugar no ranking das captações, com depósitos de R$ 962,41 milhões. Com o quinto maior volume de entradas, as carteiras de ações ensaiam reverter o pouco interesse demonstrado pela categoria o ano passado, com depósitos superiores aos saques em R$ 435,05 milhões.

Cambiais lideram os saques

Na ponta negativa, os fundos cambiais registraram o maior volume em saques, de R$ 38,95 milhões, seguidos pelas carteiras de privatização, que perderam R$ 34,69 milhões em janeiro. Já os Fiex apresentaram resgate líquido de R$ 24,75 milhões.

Tatiana Cristina da Silva e Flavia Lima

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