Atraídos por sorteios de prêmios, os mato-grossenses aderiram mais a planos de capitalização em 2003.
Fabiana Batista
Da Redação
Atraídos por sorteios de prêmios, os mato-grossenses aderiram mais a planos de capitalização em 2003. Dados de janeiro a novembro mostram que no ano passado o setor cresceu 28%, bem acima da meta de 10% esperados para todo País no mesmo período. Além de Mato Grosso, a superação também ocorreu nacionalmente. O setor arrecadou no Brasil R$ 5,4 bilhões de janeiro a novembro de 2003, contra os R$ 4,7 bilhões do mesmo período de 2002, uma expansão de 15%.
A diversificação de produtos de capitalização e a própria expansão do número de agências bancárias justificam o bom desempenho, segundo Patrícia Feltrin, membro da Comissão Técnica de Capitalização da Federação Nacional de Seguros.
Assim, foram R$ 73,5 milhões movimentados pelo setor em Mato Grosso, contra os R$ 53,4 milhões de janeiro a novembro de 2002. O resultado foi que a participação do Estado no mercado nacional de capitalização também aumentou, saindo dos 1,22% em 2002 para 1,36% em 2003.
Patrícia explica que a criatividade e inovação das empresas do setor é que permitem cada vez mais abocanhar clientes. Eles são atraídos, principalmente, pela possibilidade de ganhar prêmios por meio dos sorteios e aproveitam também para poupar dinheiro. Segundo Patrícia, além dos títulos tradicionais, como os vendidos em bancos e os populares, como a Telesena, o mercado de capitalização dispõe de outros produtos, que buscam criar atrativos na clientela.
Entre eles, a compra programada, em que o indivíduo adquire um título para comprar um determinado bem, que pode ser, por exemplo, um automóvel, de acordo com Patrícia. “Ao final do período ou por meio de sorteio, o cliente resgata o capital com a aqusição do bem”, detalha. Outra variedade de título de capitalização é o que vem agregado a um outro produto. “Você pode, por exemplo, adquirir um seguro de automóvel pelo qual concorre a prêmios”, exemplifica.