Executivos do setor de capitalização aguardam, com grande expectativa, a aprovação, pelo CNSP, das normas para a habilitação do corretor que vai operar exclusivamente nesse segmento. A presidente da Comissão de Capitalização da Fenaseg, Rita Batista, por exemplo, está convencida de que esse profissional dará novos rumos para o setor: “o corretor trará ainda mais credibilidade aos produtos. É uma excelente notícia o fato de a Susep anunciar a habilitação de profissionais específicos para o ramo de capitalização”, comemora Rita Batista.
Ela não tem dúvidas de que, com a participação do corretor, a capitalização terá condições de apresentar níveis de crescimentos ainda mais expressivos do que em 2003, quando a receita gerada pelo setor somou R$ 5,2 bilhões, 16% a mais do que em 2002.
Rita Batista atribui esse desempenho a fatores como estratégias de marketing diferenciadas, produtos inovadores, fidelização dos clientes e a canais de distribuição mais estruturados: “em 2004, o mercado de capitalização completa 10 anos de crescimento contínuo. Além disso, a inclusão da capitalização no orçamento doméstico das pessoas, o maior entendimento das regras dos títulos e a plena transparência na relação empresa-consumidor vêm auxiliando no desenvolvimento do mercado”, assinala a executiva, para quem o corretor encontrará nesse segmento um excelente nicho de trabalho para atuar.
A princípio, as normas para habilitação do corretor de capitalização seriam aprovadas pelo CNSP em março. Contudo, após a edição do decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estabelece um prazo mínimo de três meses para o intervalo entre as reuniões do Conselho, o mais provável é que a matéria seja analisada apenas em abril (a última reunião foi em janeiro).